Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante entrevista ao Fantástico (Imagem: Reprodução/TV Globo)

Neste domingo (12), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, se expressou sobre as medidas de combate à expansão da pandemia do novo coronavírus, e a situação preocupante em que o país se encontra. O Brasil já registrou 99 novas mortes por Covid-19, uma alta de 9%. De acordo com o Ministério da Saúde, o país possui 1.223 óbitos e 22.169 casos confirmados, uma alta de 7%. Em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, Mandetta afirmou que os meses de maio e junho devem ser os mais duros da pandemia.

“Nós estamos vivendo um pouco do que fizemos duas semanas atrás, se iniciarmos precocimente uma movimentação, nós vamos voltar a ter o mesmo padrão do ínicio, aonde você tinha dia após dia o surgimento de brotes epidémicos. Sabemos que serão dias duros, seja conosco ou seja com qualquer outra pessoa, achamos que no mês de maio, junho e algumas regiões em julho, nós teremos dias muito duros… teremos uma confrontação, entre o que somos e para onde queremos ir, constante nesses meses pela frente”, relatou o ministro da Saúde.

Com o constante crescimento de casos de coronavírus no país, Mandetta foi questionado se havia alguma estimativa para esse ano, e reafirmou a necessidade do distanciamento social. “Não existe absolutamente nada que influencie mais está resposta do que como a sociedade brasileira vai se comportar nos próximos meses, nos próximos dias. Nós não experimentamos no Brasil, lockdown, fechamento total. Nós estamos com uma diminuição de mobilidade social importante, chegamos a ter uma diminuição expressiva, relaxamos e estamos entorno de 55%, já chegamos a 70%”, lembrou.

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Em indireta ao presidente, que foi numa padaria durante o feriado de Páscoa, o ministro criticou o desrespeito às medidas de isolamento social. “Quando você vê as pessoas entranto em padaria, entrando em supermercado, fazendo aquelas filas uma atrás da outra, encostadas, grudadas, pessoas que estão aí fazendo piqueniques no parque, aglomeradas. Isso é claramente uma coisa equivocada”, afirmou. 

Mandetta disse, ainda, que espera uma fala unificada entre as suas orientações e as do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a respeito das medidas de isolamento, pois as atitudes de Bolsonaro levam “dubiedade” à população. “Eu espero que essa validação dos diferentes modelos de infrentamento dessa situação possa ser comum, e que a gente possa ter uma fala única, porque isso leva para o brasileiro uma dubiedade. O brasileiro não sabe se ele escuta o ministro da Saúde ou se esculta o presidente”, ressaltou.

O ministro da Saúde pediu mais disciplina para as pessoas ajudarem a bloquear o máximo possível do crescimento do vírus. Em todo o Brasil, já foram registradas 1.056 mortesforam registradas 1.056 mortes pela doença, e mais de 19 mil infectados. Só em Goiás, já são 209 infectados e outros 3.577 estão em investigação.Goiás, já são 209 infectados e outros 3.577 estão em investigação.

“A gente pode ter disciplina e pedir muita disciplina para as pessoas, por favor. Disciplina significa: faça você também o seu sacrificio para a gente bloquear o máximo possível… eu estou dizendo qual é o caminho, vamos por aqui. A gente tem que pautar por foco, disciplina, ciência e ficar muito firme nesse tripé, e planejamento para que a gente possa sair disso juntos”, orientou a população. 

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