O Seminário Nacional pela Alfabetização 2023 acontece em Brasília nos dias 19 e 20 de setembro. O evento é o maior debate sobre o processo para alfabetizar as crianças do país. Assim, estarão presentes de especialistas, líderes educacionais e profissionais da área da educação. 

O objetivo central do seminário é direcionar estratégias eficazes para o desenvolvimento de políticas educacionais de qualidade para essa fase da educação brasileira. Então, o debate é a construção da agenda nacional para a alfabetização, com a formação de professores e a criação de materiais didáticos.

São esperados no Seminário representantes de organizações civis, estados e municípios. Ademais, o evento ocorre com o apoio de entidades como o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Educação (Consed) e autoridades da educação. 

Entre as autoridades que já confirmaram presença estão alguns secretários de educação estaduais como Fátima Gavioli (GO) e Marcius Beltrão (AL).

Debates

A alfabetização é um dos desafios nas políticas brasileiras sobre educação. Saulo Andreon é o coordenador Estadual do Pacto pela Aprendizagem do Espírito Santo (Paes) e acredita que o Seminário é um ambiente que engloba estados e municípios para colaborarem entre si.

“Recentes dados divulgados pelo MEC apontam que 64,2% das crianças de 8 anos não estão plenamente alfabetizadas. Reverter esses indicadores exige um compromisso de todos os atores públicos e privados na articulação de ações que afetem de forma intencional e significativa as salas de aulas para que se consolidem de fato como espaços de promoção da aprendizagem com proficiência”, afirmou.

Assim, os debates reúnem palestrantes como Manuel Palácios, presidente do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e Hilda Linhares, professora especialista em linguagem e alfabetização.

Andreon afirma que o Seminário acontece num momento em que o Ministério da Educação assume estrategicamente o protagonismo na política nacional de alfabetização. Sendo assim, ele acredita que o movimento do MEC “revigora e fortalece as redes de ensino”.

Programas isolados pelo país

A união entre as gestões federal, estaduais e municipais pode gerar mais resultados nos programas que estados e municípios já realizam isoladamente. Um exemplo é o Programa Alfa Mais, que tem o objetivo de reduzir os índices de alfabetização incompleta e letramento insuficiente entre as crianças matriculadas na rede pública de Goiás.

Parceria entre o Estado e os municípios, o Programa Alfa Mais é colocado em prática através da atuação de políticos, gestores, professores e funcionários das escolas. Giselle Faria, Superintendente na Secretaria de Educação do Estado de Goiás (Seduc) afirmou que “o governo precisa produzir bons materiais e os professores precisam estar motivados”. 

“A alfabetização tem de ser vista como uma política pública e que todos têm um papel a desempenhar”, afirma. “A troca de experiências em uma rede colaborativa dá a sensação de pertencimento, de que é possível vencer o desafio do analfabetismo. É preciso acreditar no futuro das crianças brasileiras para que elas não percam oportunidades e sigam rumo ao sucesso”, completa.

Alfabetização na idade certa

O Piauí tem o Programa de Alfabetização na Idade Certa. O coordenador desta política de educação, Cleverson Moreira Lino, pondera que o projeto exige ação coletiva da família, da escola, da União, dos Estados e dos municípios.

“Se a gente conseguir juntar esforços no mesmo sentido, todos vamos conseguir que as crianças consigam sucesso na vida acadêmica e para garantir um futuro melhor para o país”, garante.

O Seminário Nacional pela Alfabetização 2023 é presencial para convidados e virtualmente aberto para quem tiver interesse em acompanhar os debates. Os interessados devem fazer inscrição pelo site do evento.

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