O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), é contra o voto impresso para eleições de 2022. Para ele, há curto temo para que eventuais alterações sejam implantadas até o ano que vem. A proposta tem sido debatida no Congresso Nacional e é defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem partido).

“Não se pode de última hora mudar uma mecânica do voto, e as dificuldades de implantação, quanto mais diante de um ano que antecede o processo eleitoral, já estamos há um ano e dois meses da eleição”, destacou o governador Ronaldo Caiado nesta quinta-feira (22).

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Ronaldo Caiado avaliou que para uma eventual mudança do processo de votação teria que haver mais tempo. O período defendido por ele é de no mínimo três anos para cada eleição. O governador entende que há dificuldade de implantação de uma nova dinâmica e isso precisa ser levado em consideração.

O governador relatou que não há motivos para questionar a urna eletrônica. Ele ressaltou que a última derrota dele ainda ocorreu com votação analógica, com o uso das cédulas de papel.

“Fui eleito porque a minha última derrota foi em 1994, naquela época ainda era voto em cédula, de lá pra cá não tenho nada que possa contrariar a maneira que as eleições ocorrem no nosso país”, afirmou.

Caiado ressaltou que já pessoas que tem estudado o assunto e defendido a manutenção do uso da urna eletrônica.

“Eu vejo que este assunto já tem recebido por parte de muitos aí a necessidade que se continue com a urna eletrônica e se tiver interesse de fazer uma mudança que seja com antecedência de no mínimo de três anos pra cada eleição e termos outras maneiras de avaliar”, destacou.

O assunto tem sido provocado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido). Sem ter apresentado alguma prova sobre fraudes no sistema de votação eletrônica, Bolsonaro tem defendido a tese do voto impresso. Ele deu recentes declarações que pode não participar das eleições, caso o voto não seja o impresso auditável.