Em continuidade à série Caminhos da Sustentabilidade, o especialista em Economia, Luiz Carlos Ongaratto, destaca nesta segunda-feira (16) o impacto do consumo de combustíveis fósseis, atividade econômica alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 12, Consumo e produção responsáveis, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ongaratto procurou explicar sobre a matriz energética, o consumo de combustíveis fósseis na produção industrial, também no consumo doméstico, mobilidade urbana e na logística de transportes.

“Quando a gente fala de petróleo, energia elétrica, a gente só fala que o preço aumentou. A gente reclama, por exemplo, do PIB do Brasil, que não cresceu, mas será que tem a ver uma coisa com a outra? Tem. Quando a gente fala de estratégia de matriz energética, ou fontes de recurso, estamos falando de um planejamento necessário para que haja geração de emprego e renda. Hoje, o Brasil em um cenário de recessão econômica, tem um problema de produção energética. A gente sempre tem aquelas ameaças de apagões, no período das secas. Nossa matriz ainda é muito dependente das hidrelétricas”, analisou.

Nesse sentido, Luiz Carlos Ongaratto afirmou que as hidrelétricas tem um grande impacto ambiental, apesar de gerar uma energia limpa. Além disso, de acordo com ele, o investimento é a longo prazo para se construir uma usina de tal tipo.

“Os impactos ficam nos lagos, nas desapropriações e na limitação de área que possui. O problema é que um engessamento do investimento. Demora muito para fazer uma nova hidrelétrica. Por outro lado, ela pode até gerar uma grande quantidade, mas não temos hoje suficiente aquela garantia de ter energia suficiente para poder crescer. Hoje o Brasil tem um problema: se começar a crescer 5 ou 10% ao ano, teoricamente tem um plano para isso, não vamos ter energia elétrica suficiente”, explicou.

Assista ao episódio completo a seguir:

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