A equipe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou uma nova versão das diretrizes de governo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste final de semana. O novo documento tem duas alterações. Uma é a retirada de menção à “regulação da agroindústria” e a outra é a inclusão de uma medida do governo do ex-presidente para combate à corrupção, de 2003.
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Ouça “#473: Campanha de Lula retira ‘regulação do agro’ do plano de governo registrado no TSE” no Spreaker.O documento, intitulado “Diretrizes para o Programa de Reconstrução e Transformação do Brasil”, mantém os mesmos 121 tópicos distribuídos pelas mesmas 21 páginas. As mudanças retomam a primeira versão do texto, divulgada ainda em junho. No texto que havia sido apresentado ao TSE constava: “É imprescindível agregar valor à produção agrícola, com regulação e a constituição de uma agroindústria de primeira linha, de alta competitividade mundial”.
A nova versão, deste sábado, passou para: “É imprescindível agregar valor à produção agrícola com a constituição de uma agroindústria de primeira linha, de alta competitividade mundial”. A outra alteração foi feita na página 19. Ao argumentar que os governos petistas criaram uma “inédita política de Estado” de prevenção à corrupção, Lula incorporou um mecanismo desenvolvido no início de seu primeiro governo, pelas mãos do então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Antes…
A primeira versão das diretrizes destacava: “Os nossos governos populares instituíram, de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública. Criamos a Controladoria-Geral da União e fortalecemos a Polícia Federal, o Coaf, a Receita Federal e diversos órgãos e carreiras de auditoria e fiscalização”.
… depois!
Agora, o texto ficou assim: “Os nossos governos populares instituíram, de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública. Criamos a Controladoria-Geral da União, a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem De Dinheiro (ENCCLA) e fortalecemos a Polícia Federal, o Coaf, a Receita Federal e diversos órgãos e carreiras de auditoria e fiscalização”.

Pelas regras
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a apoiadores que vai respeitar o resultado das eleições de outubro mesmo se não for reconduzido ao cargo. O reconhecimento de uma eventual derrota no pleito mostra uma mudança de postura do presidente, que em outros momentos afirmou que não reconheceria caso não vencesse as eleições.
Empreitada
“A gente está nessa empreitada buscando a reeleição, se esse for o entendimento. Caso contrário, a gente respeita. Mas a nossa democracia, a nossa liberdade acima de tudo”, afirmou Bolsonaro a apoiadores em Resende, no Rio de Janeiro, que realizavam carreada com bandeiras do Brasil.

Interior
Candidato à reeleição, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) realizou carreata em Palmeiras de Goiás, Nazário e em Turvânia neste sábado (20). Durante os eventos, o gestor contou a adesão dos prefeitos Vando Vitor (PSDB), João Batista Carvalho “Ferruja” (Podemos) e Fausto Mariano (União Brasil).
Adesão
Durante a passagem por Nazário, também participou da carreata o prefeito de Trindade Marden Júnior, que é filiado ao partido de Gustavo Mendanha (Patriota), adversário de Caiado no pleito.
Divisão de forças
Em outra frente, a primeira-dama Gracinha Caiado passou por Rialma e Ceres. Na ocasião, se juntaram a ela o prefeito de Rialma, Fred Vidigal (PTB), e o vice Zé Maria (União Brasil); além dos prefeitos de Nova América, Cleber Junio (UB), e de Rianápolis, Gilber Roque (PP).

Provocação
Já o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia (Patriota) estreou os atos de rua em Goiânia, na Praça Joaquim Lúcio, em Campinas. Durante caminhada pela 24 de Outubro, o ex-prefeito de Aparecida reforçou que precisa do voto dos goianos.
Memória
A declaração de Mendanha tem relação com polêmica em torno de Ronaldo Caiado, em março de 2020. Naquele momento, no início da pandemia de covid-19, o governador foi à manifestação de bolsonaristas na Praça Cívica para exigir que eles voltassem para casa. Caiado alertava para o risco de contágio da doença e, depois de ser criticado pelos presentes, disse que não precisava dos votos daquelas pessoas.