Wilson Goiano (Foto: Arquivo Pessoal/Reprodução Instagram)
Nessa segunda-feira (12), um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro fez aniversário: o Botafogo completou 115 anos de futebol. Como homenagem ao Glorioso, a reportagem da Rádio Sagres com as Feras do Kajuru falou com um goiano com muita história e títulos em General Severiano. Campeão brasileiro em 1995, Wilson Goiano participou do programa K Sport Show na noite de ontem.
“Essa data é muito importante. O Botafogo é um dos clubes que tem uma das histórias mais bonitas do futebol mundial. A estrela solitária, a cor, a mística em torno da camisa… É muito especial, só quem viveu aquilo no dia a dia sabe o que é o Botafogo. Eu vivi ali cinco anos, e acho que foi a melhor fase da história em termos de conquistas, então a gente sabe o quê que é. Não é um time acostumado a ganhar títulos para ter muito torcedor, mas aquele que escolhe ser torcedor do Botafogo é um cara diferente”, destaca o trindadense.
Wilson fez parte de uma formação especial para os botafoguenses, que, comandada por Paulo Autuori, conquistou o Campeonato Brasileiro de 1995, e contava com jogadores como Wágner, Wilson Gottardo, Gonçalves, Beto, Sérgio Manoel, Donizete Pantera e Túlio Maravilha. Para o ex-lateral-direito, o título “representa muito. Depois do que vivemos ali, a gente olha para trás e fala ‘nossa, fizemos algo legal ali’. Temos o reconhecimento até hoje da torcida, do carinho que recebemos”.
Além do título nacional, o goiano ainda celebrou outras oito conquistas e revela uma brincadeira que fazia com Carlos Alberto Torres, que foi seu treinador no Botafogo em 1997 e jogou no clube por alguns meses em 1971. “Quando finado Capita era o nosso treinador, eu brincava com ele e falava ‘capita, você foi o melhor lateral da história do Botafogo, mas quem ganhou mais títulos fui eu. Daquela sala de troféus, eu ganhei nove’. Olhando para trás, vemos que fizemos algo diferente”.
Wilson Goiano, que jogou no Botafogo entre 1994 e 1999, hoje lamenta o momento do clube, que acumula problemas financeiros e administrativos e ressalta que “o futebol está caminhando para o poder aquisitivo. As equipes estruturadas, que tem um melhor poder econômico vão se sobressair. O Botafogo vive um momento terrível em termos de gestão, de dívidas trabalhistas, o clube não consegue manter os grandes jogadores”.
“O Botafogo está sempre perdendo os principais jogadores, e para manter um Gatito (Fernández) ou trazer um Diego (Souza) sabemos que é uma luta muito grande e o time não tem poder para barrar um Palmeiras ou Flamengo. O Botafogo vai ficar naquele grupo intermediário, se beliscar uma Libertadores pode comemorar demais, porque infelizmente é a realidade que o time está passando no momento”, finaliza.
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