É hora de apertar o play para um mundo de tecnologia, educação, sustentabilidade e, claro, muitos jogos e gameplay! A segunda edição da Campus Party em Goiânia reuniu 1.500 ‘campuseiros’, ou seja, jovens e adultos acampados no estacionamento do Shopping Passeio das Águas. Em média, 150 mil pessoas frequentaram o evento entre os dias 15 e 19 de junho. Diversos palcos e stands apresentaram 400 horas de atividades, e uma das novidades desse ano foi o Campus Play, que reuniu profissionais da área gamer para compartilhar experiências em uma das carreiras que mais cresce a cada dia: a dos esportes eletrônicos.

O evento promoveu disputas dos principais jogos de vídeo game e computador. As competições foram realizadas no espaço Campus Play. Os torneios disponíveis na #CPGoiáS2 foram de Country Strike GO, Mobile Legends, Free Fire e FIFA.

Já é notório que os games deixaram de ser “coisa de adolescente” e agora fazem parte de um dos mercados mais promissores tanto para educação quanto para as futuras profissões. Afinal, os zennials já acessam o touch screen e estão imersos na tecnologia e nos jogos digitais, principalmente pelo celular. De acordo com os dados da Pesquisa Game Brasil (PGB), 48,3% do público prefere jogar com o smartphone.

Os games deixaram de ser os “vilões” e passaram a ser aliados na educação, profissionalizando crianças, jovens e adultos com carreiras promissoras. Escolas, professores e até mesmo universidades como a Universidade Full Sail, adotam os games como método educativo, ou seja, entram no novo mundo, como já foi apresentado, o metaverso, e a influência dos games na vida dos jovens.

Mas como alinhar educação e games? Essa tem sido a vertente que os professores têm adotado em sala de aula.

Você sabia que é possível aprender dentro da sala de aula usando os jogos e o mundo nerd?! A professora Thaize Montine, leciona há mais de 15 anos para o ensino fundamental e ensino médio, e palestrou na Campus Party sobre games e educação. Montada no cosplay da Vi, personagem da série Arcane, inspirada no jogo de League of Legends, ela é desde criança uma entusiasta de Hq’s e o universo dos jogos. Sua vivência permitiu alinhar com seus métodos educativos, para atrair a atenção dos alunos e ensiná-los.


“Eu uso o League of Legends (LoL) para questão de trabalho em equipe, fomentar isso e ganhar os alunos que não estão acostumados a jogar. Eu tento mostrar o outro lado da moedas para eles, para que eu possa aplicar os outros jogos. O Abzû, Ark, e agora estamos entrando com Kerbal Space, que constrói foguetes. Tem muitas partes sobre astrofísica nos livros, principalmente na parte de ensino fundamental dois”, explica Thaize.

Em Kerbal Space, o jogador vai cuidar de um programa espacial de uma raça alienígena, os Kerbals. você tem acesso a uma variedade de peças para montar uma nave espacial totalmente funcional que voa, ou não, com base em aerodinâmica e física orbital de verdade. Inclusive o jogo está disponível na Steam.

Já o Abzû, o jogador descobre centenas de espécies baseadas em criaturas reais e forma conexão com o oceano. Encontra cardumes de milhares de peixes que interagem com você, uns com os outros e com predadores. Desça até o coração do oceano, onde segredos antigos estão esquecidos. Mas cuidado, há perigos ocultos nas profundezas. “Abzû” vem das mais antigas mitologias. AB, que significa água, e ZÛ, que significa saber. Abzû é um oceano de sabedoria. Disponível na Epic Games.

Ark: Survival Evolved, é um game de sobrevivência e com diversos dinossauros. Foi inspirado no filme “Jurassic Park” (1993) e na animação “Em Busca do Vale Encantado“. No jogo você precisa colher para se alimentar e construir casas, domar dinossauros, até mesmo fazer o encanamento da água, tirando-a do rio para suas plantações. Você precisa ficar atento às necessidades do seu personagem, devastar as florestas em busca de mantimentos para construir objetos e, claro, sobreviver. Disponível na Steam.

Profissão no universo dos Games

Uma das profissões mais promissoras do universo dos jogos é a animação 3D. Suas ferramentas permitem a criação de personagens, cenários ricos em detalhes e texturas tão próximas da realidade que chega a deixar dúvidas sobre sua origem virtual. Nos jogos, o processo de renderização é feito em tempo real. Yuri Eguti trabalha com animação 3D com jogos digitais, e seu interesse na área surgiu por gostar de jogos e computador.

“Eu acabei encontrando dentro da da área de TI, a parte de jogos, e muitos jovens tem interesse muito grande nos jogos. A minha equipe duplicou nos últimos anos, o crescimento dos games é visível, uma área muito boa para quem quer entrar, você consegue trabalhar aqui no Brasil para fora, tem muita oportunidade no mercado”, conclui Yuri.

Confira três programas de animação 3D:

  • Blender: ferramenta mais poderosa para animação 3D;
  • Clara.io: site para criar animações;
  • Daz3D: programa para iniciantes em animação.


Assista à edição especial do Aperte o Play: