Campus Samambaia da UFG completa meio século

O Campus 2 da Universidade Federal de Goiás (UFG), conhecido como Campus Samambaia, começou a funcionar em 1973. Ao longo de cinco décadas foram inúmeros estudantes que construíram suas carreiras e que hoje prestam benefícios à coletividade. 

O Campus Samambaia faz parte de um processo de expansão da universidade que na época não estava instalada de maneira adequada no Campus I, Colemar Natal e Silva, na região da Praça Universitária. 

O Samambaia concentra a maioria dos cursos ofertados pela instituição, com suas respectivas faculdades e institutos. Lá também se localiza a Reitoria da UFG e a maior parte de suas instâncias administrativas.

(Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG)

Movimentos estudantis

O Campus foi palco ao longo de décadas do fortalecimento do movimento estudantil. Foram vários protestos e manifestações, por exemplo, em 2016 contra a PEC que limitava os gastos do governo federal na área da Educação. 

Outra situação marcante foi em outubro de 2002, quando a polícia militar entrou no campus Samambaia para recolher exemplares do livro Dossiê K, do radialista Jorge Kajuru, por meio de uma liminar solicitada pelo então governador de Goiás, Marconi Perillo, ao Tribunal Regional Eleitoral. Houve tensão entre estudantes e a polícia.

Bosque 

No Campus Samambaia há uma grande área verde e é uma das poucas com a vegetação primitiva do município de Goiânia. O local é denominado Bosque Auguste de Saint-Hilaire, de aproximadamente 20 hectares e um remanescente da formação vegetal de floresta semidecídua do bioma Cerrado.

Por conta do bosque e de outras áreas verdes, o campus é frequentado não apenas por estudantes, mas por macacos-prego. Alguns animais furtam alimentos da lanchonete e das pessoas que circulam pela área. Mas atenção: não alimente os macacos e fique sempre atento!

A UFG tem uma ação permanente para que os frequentadores da universidade não deem comida aos bichos. Folhetos e placas orientam os estudantes.

(Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG)

Origem 

A trajetória do Campus Samambaia da UFG tem início logo nos primeiros anos da instituição, criada em 1960. O Ministério da Agricultura havia recebido do governo estadual a doação de uma área de 250 hectares: a Fazenda Samambaia, que hoje dá nome ao campus.

No local, havia sido construída a Escola Agrotécnica de Goiânia, com o objetivo de formar técnicos agrícolas de 2º grau. Por falta de recursos, a instituição deixou de funcionar. Em 1962, o reitor da UFG, Colemar Natal e Silva, solicitou ao Ministério da Agricultura que transferisse a escola para a universidade e o pedido foi atendido.

A ideia inicial era utilizar as instalações da antiga Escola Agrotécnica de Goiânia para sediar os projetos nas áreas de Agronomia e Veterinária. A Escola de Agronomia e Veterinária passou a funcionar em 1964.

Expansão

A UFG crescia na região do Setor Universitário, mas de forma dispersa, por vezes, improvisada, e em prédios inadequados. 

Uma comissão de arquitetos e engenheiros de Goiás avaliou, com base em projeções do crescimento da demanda de cursos superiores, que a UFG precisaria de mais espaço para crescer. Foi aí que o Campus teve a pedra fundamental lançada em 4 de maio de 1971 como uma solução de espaço, integração e expansão da UFG.

As primeiras unidades instaladas no novo campus foram: o Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), pioneiro; Instituto de Matemática e Física (IMF); Instituto de Química e Geociências (IQG) e Instituto de Ciências Biológicas (ICB). 

No ano de 1972, já estavam concluídas as obras de estrutura dos sete primeiros blocos. A reitoria, a Biblioteca e uma extensão do Restaurante Universitário foram para lá, em 1977. A década de 1970 ficou marcada por um processo de expansão, e foram implantados os cursos de Jornalismo, Enfermagem, Nutrição, Biblioteconomia, entre outros. 

O campus foi crescendo aos poucos, porém o aumento foi maior a partir de 2008, quando foi implantado o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) na Universidade Federal de Goiás, o que resultou em um crescimento expressivo para a instituição. A expansão continuou acentuada até a metade da década de 2010.

(Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG)

Vila Itatiaia

Apesar da ideia de expansão da UFG, pela distância, nem todos os estudantes e servidores ficaram satisfeitos com a mudança, afinal a estrutura de transporte era precária, assim como o acesso ao campus. 

Na época, foi observado que era necessária uma infraestrutura para os funcionários da instituição, por conta da distância em relação ao Centro de Goiânia e os transportes insuficientes. Por isso, durante a segunda metade da década de 1970, foi formado o bairro Vila Itatiaia, construído para os servidores da UFG.

Goiânia 90 lugares

Goiânia faz 90 anos em 24 de outubro. Por isso, o Sistema Sagres de Comunicação, com apoio da Prefeitura de Goiânia elaborou um guia de 90 locais a serem conhecidos por você que é goianiense, que mora na capital ou que está de passagem por aqui. Esta é a campanha “Goiânia 90 Lugares”.

A produção inclui 90 reportagens em texto e fotos de lugares marcantes da cidade, 30 vídeos, um mapa e uma página especial. A campanha conta ainda com entrevistas especiais sobre a construção, estrutura e futuro da nossa capital.

As ações tem coordenação de Rubens Salomão, com pesquisa e textos de Samuel Straioto, Arthur Barcelos e Rubens Salomão. Imagens e edição de Lucas Xavier, além das reportagens em vídeo de Ananda Leonel, João Vitor Simões, Rubens Salomão e Wendell Pasqueto. A coordenação do digital é de Gabriel Hamon. Coordenação de projetos é de Laila Melo.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis

(Foto: Carlos Siqueira/Secom UFG)

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