O câncer de pulmão é a principal causa de morte pela doença entre homens e mulheres, representando 25% dos óbitos. Além disso, 90% dos casos são do tipo neoplasia, ou seja, são diagnosticados em estágio avançado.

“É sim um tipo de câncer muito agressivo, difícil de diagnosticar nos estágios iniciais, que muitas vezes, quando os sinais e sintomas aparecem, a doença já está em uma fase mais avançada. Os números do SUS mostram que quase 85% dos pacientes quando descobrem a doença, já a descobrem em uma fase mais avançada ou até mesmo metastática”, explica a psico-oncologista e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, em entrevista ao Sagres em Tom Maior #148 desta terça-feira (24).

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), para cada ano do triênio de 2020 a 2022 deverão ser diagnosticados no Brasil 30,2 mil novos casos de câncer de pulmão, traqueia e brônquio.

Luciana Holtz em entrevista à jornalista Letícia Martins no STM #148 (Foto: Sagres TV)

No terceiro Fórum Oncoguia de Câncer de Pulmão, realizado nesta terça-feira (24), um dos temas abordados foi o tabagismo, principal causador da enfermidade. Luciana Holtz destaca a importância da informação sobre a doença à população.

“A prioridade é o combate ao tabagismo e depois disso a gente realmente informar muito a população sobre possíveis sinais e sintomas, sobre quem faz parte dos grupos de risco, quem tem risco mais elevado para desenvolver um câncer de pulmão”, afirma.

Segundo Luciana Holtz, o fato de o mundo viver uma pandemia de uma doença respiratória, a Covid-19, dificulta ainda mais um diagnóstico do câncer de pulmão. Segundo a psico-oncologista, sintomas duradouros devem ser imediatamente investigados.

“Tosse, cansaço, dor nas costas. Mas o que tem de mais importante é que o sintoma tem que ficar de forma prolongada e precisam ser investigados. Qualquer sintoma que não passa em 10 ou 15 dias, a grande recomendação é vá até seu médico ou procure um pneumologista”, afirma.

Confira a entrevista na íntegra a seguir no STM #148