(Foto: Sagres Online)

A movimentação do Vila Nova neste mês de novembro não é só dentro de campo buscando escapar do rebaixamento. O clube passará no dia 18 por eleições no Executivo, no Conselho Deliberativo e também no Conselho Fiscal. Para deixar o torcedor colorado informado das propostas dos candidatos, as Feras do Kajuru tentaram promover um debate entre Lélio Júnior e Décio Caetano, adversários na disputa pela presidência do Conselho Deliberativo.

No entanto, o candidato Décio Caetano não aceitou a proposta e, por isso, a Sagres 730 abriu um espaço para uma entrevista com Lélio Júnior durante o programa K Debates Esportivos desta quinta-feira (14). Empresário que, no ano passado, tentou também ser eleito para a presidência da Federação Goiana de Futebol.

“A FGF foi uma eleição onde tive 40% dos votos em dois meses de campanha e eu fui candidato porque percebi um desejo de mudança. Sempre gostei muito de futebol e o Vila Nova é uma paixão de criança. No meu aniversário de 1 ano o tema foi Vila Nova. Resolvi entrar na disputa porque acho que tenho muitas ideias e posso contribuir muito com o futebol”, explicou Lélio.

Questionado porque se candidatou à presidência do Conselho Deliberativo e não à presidência executiva, ele destacou que as mudanças dentro do clube precisam acontecer a partir do grupo de conselheiros. “O Sizennando (ex-presidente e conselheiro), o Geso Oliveira e outras pessoas a´te me disseram isso (se candidatar ao executivo). Eu comecei a estudar o Vila Nova, e a grande mudança não é no executivo. Tem que mudar o estatuto e essa questão é unanimidade dentro do clube. Isso começa a partir do Conselho e, claro, o maio desejo nosso é unir as pessoas, unir o Conselho, fazer o certo a partir disso e depois ir para o executivo. Hoje o presidente executivo tem uma “caneta muito pesada” e tem que haver um equilíbrio”, destacou.

Apesar de estarem em chapas opostas, Lélio afirmou ter uma boa relação com o atual presidente do Conselho Hugo Jorge Bravo, que também acumula a função de diretor de futebol e é o grande favorito a vencer a eleição para o executivo. “Excelente (relação com o Hugo). Ele, inclusive, contribuiu para o projeto na eleição da Federação Goiana de Futebol. Eu não tenho inimigos, prego sempre a união. Tenho uma relação ótima com o Décio também, mas eu acho que quando se fala em estar presente em reunião de Conselho, o Décio só esteve quando foi eleito há dois anos, não o vejo presente”, disse.

Para vencer a eleição, Lélio Júnior aposta na boa relação que tem com todas as “alas” que existem hoje no clube. “Acho que conseguimos agregar. Eu sou um perfil que não tenho restrição com ninguém e isso é uma vantagem. Tenho um perfil conciliador. Quem dirigir o Conselho, não pode incitar o conflito, tem que ter jogo de cintura para que as pessoas conversem. Não é porque estou de um lado e eles do outro da eleição que não podemos ter uma relação e conversar sobre o Vila Nova”.

Presidente remunerado?

Mesmo se candidatando para assumir o Conselho Deliberativo colorado, Lélio Júnior deu a sua opinião sobre a situação do presidente executivo. Para ele, o formato para a escolha de um mandatário teria que ser alterado.

“Presidente executivo que esteja no clube e exerça essa função, tem que ser remunerado. E penso mais longe, o presidente executivo não tem que ser eleito, tem que ser contratado. Cria-se um Conselho com cinco conselheiros eleitos e se contrata um presidente. Se ele não estiver exercendo sua função corretamente, deixa o cargo”, analisou o candidato.

Vila Nova, clube-empresa?

O sucesso do Bragantino na Série B mantido após uma parceria com a empresa Red Bull, alimenta um desejo de que a situação possa se repetir em outros clubes. Lélio Júnior vê a possibilidade com bons olhos no Vila Nova, mas depois que o estatuto for adequado para o investimento.

“Sou a favor de abrir o Vila para o capital sim. O Red Bull fez lá no Bragantino, mas a forma jurídica é confusa. No Vila Nova é preciso mudar o estatuto antes de qualquer investidor. Tem que mudar o estatuto, definir a regra e depois ir atrás. A gente precisa preparar o Vila Nova para isso e não é difícil”, explicou Lélio.

Dívida do Vila Nova

Como já havia revelado em uma entrevista à Feras do Kajuru, o candidato disse estar disposta a investir uma quantia em dinheiro para garantir que o clube tenha condições de começar bem o próximo ano. O valor giraria em torno de R$ 4 milhões.

“Temos um grupo, algumas pessoas que estão dispostas a investir no Vila Nova. Não é colocar esse valor agora, é pagar as contas, fazer os acertos e ter um caixa para iniciar o ano que vem. É um empréstimo e vamos receber viabilizando o Vila Nova”, esclareceu o candidato.

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