Com quase 600 folhas, o inquérito militar indiciou nesta segunda-feira (12) o capitão da Polícia Militar (PM-GO) Augusto Sampaio pelo crime de lesão corporal grave com pena prevista de 1 a 4 anos de prisão, cometido contra o estudante Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, durante os protestos de 28 de abril contra as reformas Trabalhista e da Previdência, no centro de Goiânia.

O documento foi encerrado com 39 dias, um antes do prazo estabelecimento pelo código de processo penal militar. Durante as investigações, o encarregado do inquérito e subcorregedor, tenente coronel Denilson de Araújo Brito ouviu 26 pessoas, incluindo o capitão Sampaio e o estudante, além de analisar diversas imagens do dia de protestos.

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O assessor da PM, tenente coronel Ricardo Mendes esclarece que o capitão Sampaio não foi indiciado pelo crime de abuso de autoridade no inquérito porque a lei prevê este procedimento pela Justiça comum, o que já foi feito no caso que ficou a cargo da Polícia Civil.

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O capitão Sampaio foi afastado das ruas no dia 1º de maio e, desde então, vem exercendo atividades administrativas. Quanto ao estudante Mateus Ferreira, ficou internado 13 dias na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), passou por cirurgia de recomposição de ossos da face e já recebeu alta definitiva no último dia 20 de maio.

Com informações da repórter Giuliane Alves