Os professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidirão se vão entrar em greve ou não por um plebiscito eletrônico, organizado pelo Adufg-Sindicato. Durante a assembleia conduzida pela entidade na tarde de quinta-feira, 25, o presidente, professor Geci Silva, informou os docentes sobre as negociações com o Governo Federal.

A votação sobre a possível deflagração da greve ficou disponível no sistema eletrônico do Adufg-Sindicato desde às 22h desta quinta. O plebiscito será encerrado na próxima terça-feira, 30, às 12h. Veja abaixo como participar:

  1. Acesse www.votacao.adufg.org.br;
  2. Insira o seu CPF e clique em acessar;
  3. Abra seu e-mail em outra janela do navegador para encontrar a senha enviada pelo sistema;
  4. Volte para a página de votação, insira a senha e clique em entrar;
  5. Selecione a opção desejada e clique em “efetuar meu voto”.

As senhas são enviadas automaticamente para os e-mails dos professores. Se não receberem as informações, os docentes devem entrar em contato pelo telefone (62) 3202-1280.

Não filiados

Professores que não são filiados ao Adufg-Sindicato também têm o direito de votar no plebiscito. Porém, antes de acessar o sistema de votação, é necessário solicitar o cadastro através do e-mail [email protected].

Os professores devem fornecer nome completo, número da matrícula Siape, CPF, e-mail e unidade acadêmica. A votação para os docentes não filiados terá início na sexta-feira, 26, às 14h.

Sendo assim, os docentes da universidade continuam com o calendário de aulas normalmente e sem decisão ratificada sobre a greve nacional, pelo menos até o final de abril.

Greve federal da educação

A greve federal da educação reúne os sindicatos dos servidores administrativos e dos professores das instituições do ensino federal básico e superior de todo o país. As principais pautas reivindicadas na paralisação são reestruturação dos planos de carreira, reposição salarial, novos concursos e investimentos nas instituições do sistema federal de ensino. 

Em entrevista ao portal Brasil de Fato, a coordenadora geral nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Elenira Vilela, disse que as perdas salariais dos servidores federais da educação já estão acumuladas em 20% há pelo menos nove anos e que o orçamento das instituições é o mesmo desde 2015. 

Por isso, a recomposição salarial reivindicada varia de 22,71% a 34,32% entre as categorias. Além disso, os profissionais pedem que os benefícios da educação sejam equiparados com os auxílios previstos no Legislativo e no Judiciário. O Governo Federal responde através do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e já adiantou que não tem como reajustar salários este ano.

Contraproposta

A contraproposta do governo é então aumentar o auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil, o benefício da assistência pré-escolar que é de R$ 321 para R$ 484,90, e o reajustar em 51% o valor da Saúde Suplementar.

As informações são da ministra do MGI, Esther Dweck, que esteve na edição do programa “Bom Dia, Ministra” do dia 11 de abril. 

Na ocasião, a ministra lembrou que houve reajuste de 9% no salário para todos os servidores públicos federais em 2023 e citou as negociações com o sindicato dos técnicos-administrativos para a reestruturação da carreira. “Estamos discutindo internamente no governo o espaço orçamentário”, disse.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade

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