Carlos Bolsonaro publicou vídeo em suas redes sociais (Caio César/CMRJ/Direitos reservados)
O vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), divulgou em suas redes sociais um vídeo, em que, segundo ele, comprova que o suspeito de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, não esteve na casa de seu pai, quando este era ainda deputado federal.
De acordo com reportagem do Jornal Nacional, o porteiro do Condomínio Vivendas da Barra, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, disse em depoimento que Élcio Queiroz havia sido autorizado a ir à casa de Bolsonaro no mesmo dia do crime.
Carlos Bolsonaro contesta no vídeo as informações dadas pelo porteiro em depoimento à polícia e também os registros manuais da portaria de entrada de visitantes no condomínio. Confira o vídeo abaixo.
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Presidente acusa governador do Rio
Nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro falou com a imprensa na Arábia Saudita, um dos destinos da viagem de 12 dias pela Ásia e Oriente Médio. Na entrevista, Bolsonaro fez acusações ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e sugeriu que o governante teria comandado as ações do inquérito.
“É uso político por parte do governador Witzel, que agiu no meu entender, criminosamente, não só, deixa eu terminar de falar, tá por favor, não só conduzindo pra onde queria o inquérito como tendo acesso a um processo que tramitava em segredo de justiça. No meu entender, um ato criminoso do governador do Rio de Janeiro que tem ambições políticas, mas como não tem competência para aparecer no Brasil acaba atacando o atual Presidente da República”, disse Bolsonaro.
O presidente mencionou ainda o vídeo feito por Carlos Bolsonaro. “Meu filho foi na portaria, pegou os registros de voz inclusive para aquele horário onde foi feita a ligação. Não foi para a casa minha, e a voz que se apresenta lá está muito longe de ser a minha”, pontuou.
Witzel rebateu a declaração de Bolsonaro, o governador do Rio disse que recebeu com muita tristeza as acusações que, segundo ele, são levianas. “Jamais vazei qualquer tipo de informação, seja como magistrado seja como governador, eu lamento que o presidente tenha, em um momento talvez de descontrole emocional, num momento em que ele está em uma viagem, não está talvez em seu estado normal, tenha feito acusações contra a minha atividade como governador”, disse Witzel.
Witzel rebateu a acusação de Jair Bolsonaro de que estaria comandando o inquérito. “Não manipulo Ministério Público, não manipulo a Polícia Civil. Isso é absolutamente inadequado, isso é contrário as instituições democráticas, a Polícia Civil no meu governo tem independência, o Ministério Público tem e sempre terá independência”, afirmou.
Em seu Twitter, Wilson Witzel afirmou que espera que o Presidente Jair Bolsonaro peça desculpas ao povo do Rio de Janeiro.