O caroço de açaí pode se tornar fertilizante e esse novo uso reduz a contaminação do meio ambiente pelo descarte irregular. A produção da fruta tem demanda alta, mas sua cadeia produtiva gera essa preocupação. A polpa é extraída, mas os caroços são frequentemente descartados de forma inadequada em vias públicas, lixões e margens de corpos d’água. 

O problema fica ainda maior quando gera assoreamento e poluição de lençóis freáticos devido ao chorume que resulta da decomposição da matéria orgânica. Uma solução é o uso do caroço para outro fim. Assim, o engenheiro agrônomo Moisés Mendonça teve a ideia de criar essa solução e evitar os danos ambientais.

A solução que ele encontrou é um protótipo de forno de baixo custo para transformar o caroço do açaí em biochar, também conhecido como biocarvão. Moisés Mendonça queima o caroço em altas temperaturas, processo chamado pirólise, que dá origem a um material poroso que é um bom melhorador de solo.

“O biochar não é um produto novo na literatura científica, mas suas aplicações estão em diversos estudos nos últimos anos devido aos efeitos benéficos que ele pode promover para o solo”, explicou. Na queima do caroço, o processo utilizado pelo engenheiro agrônomo preserva elementos como enxofre, fósforo e outros nutrientes, que são fertilizantes potentes. 

*Com CicloVivo

*Este conteúdo segue os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 12 – Consumo e produção responsáveis.

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