De um extremo ao outro, da glória ao terror. Dessa forma irregular é que o Vila segue sofrendo na Série B, capaz de conseguir três vitórias seguidas (uma delas sobre o Vasco) e ser recebido por uma multidão no aeroporto, a depois sofrer três derrotas e ter treinador e diretor de futebol ameaçados no cargo. E mesmo nessa oscilação toda, o lateral esquerdo Christiano entende que não é preciso de um “tratamento de choque” para o Vila ficar na linha.
O jogador, que assim como grande parte do time foi cobrado após a derrota para o Náutico, na última terça-feira, no Serra Dourada, acredita que não falta disposição aos atletas dentro das quatro linhas, mas sim corrigir pequenas falhas que o time apresentou nos últimos confrontos. Até por isso, toda a onda que surgiu questionando e pedindo a saída de Márcio Azevedo do comando técnico é rechaçada por Christiano.
“Não vejo o porque, não vejo essa situação, ele é um treinador que tá com um retrospecto bom, conseguimos as vitórias com ele, então nem acho que isso possa acontecer. Acho que não é empenho, raça ou determinação que tá acontecendo, o que acontece é que estamos perdendo os jogos por falhas individuais, falha nossa. Não vejo isso de falta de raça ou determinação, o dia que tiver isso, o grupo vai se cobrar no vestiário”
O lateral esquerdo não esconde a frustração e a inquietação que o time sentiu nas últimas rodadas, pois estava em boas condições, apenas uma vitória de deixar a lanterna e a quatro pontos de deixar a zona do rebaixamento, mas fracassou e hoje se encontra a 10 pontos de sair do Z4. De qualquer forma, o jogador não acredita ser necessário a saída de profissionais tanto do elenco, da comissão técnica ou da diretoria para reanimar o time na Série B.
“Não vejo mudança em nenhum sentindo, em nenhuma área, tem que englobar tudo, é o grupo, isso aqui é o Vila. Não vou chegar e falar que é isso, isso e aquilo, não, é o grupo que tem a capacidade de reverter isso e esse grupo tem que se fechar e saber que ainda dá. A gente tá perdendo, mas os resultados também estão favorecendo, continua tudo embolado e não tem nada perdido”