Na última quinta-feira (12) caiu uma chuva preta no Rio Grande do Sul. O fenômeno já era esperado por causa da concentração de fumaça e fuligem de queimadas, cinzas e compostos químicos sobre as cidades nas últimas semanas.
De acordo com o meteorologista Augusto José Pereira, a chuva preta é resultado da alteração da coloração da água que precipita. Como a atmosfera está coberta com cinzas, fumaça e fuligem, essa concentração de compostos contaminados caem sob forma de chuva.
O fenômeno ocorreu na última semana no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Antes disso, ele ocorreu em cidades do Uruguai e da Argentina. A expectativa é que a chuva prevista para São Paulo nos próximos dias também registre o fenômeno.
Augusto José Pereira contou que a chuva preta é mais comum no Hemisfério Norte, porque ocorre onde há um alto índice de poluição. Em São Paulo, ele explica, costuma cair uma chuva mais ácida, ligada à queima de combustíveis fósseis e aos poluentes da indústria. No entanto, por causa dos últimos incêndios e da densa nuvem de fumaça, é provável que o estado registre o fenômeno.
Poluição do ar
A chuva preta ocorre por causa da poluição atmosférica. Naturalmente, a chuva é benéfica porque vai limpar o ar. Portanto, ela não é própria para consumo.
Mas, segundo o meteorologista, a recomendação é apenas para o consumo humano. Pois ao chegar ao solo a água se torna limpa por causa dos filtros naturais, como terra e folhas.
*Com Jornal da USP
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.
Leia mais: