A cidade canadense de Calgary, a 3,3 mil quilômetros da capital Ottawa, ganhará um novo centro da juventude. O projeto prevê espaços pensados especialmente para jovens indígenas, bem como a icorporação de técnicas ecológicas.

O projeto é da organização sem fins lucrativos Urban Society for Aboriginal Youth (USAY), em português “Sociedade Urbana para Jovens Aborígines”.

“Com este novo prédio, poderemos expandir nossa programação e alcançar ainda mais jovens indígenas da comunidade. Acreditamos que este projeto terá um impacto significativo e positivo na vida dos jovens indígenas de Calgary, estamos entusiasmados”, diz a diretora executiva da USAY, LeeAnne Ireland.

A estrutura terá aproximadamente 464 m² com três espaços principais divididos em dois andares. Além disso, o local contará com reuniões da comunidade, refeições e um espaço maker multiuso para programação STEAM (ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática), com possibilidade de intercâmbio cultural entre os jovens indígenas.

Sustentabilidade

O centro da juventude contará ainda com um jardim na cobertura. O local terá remédios tradicionais e poderá receber ritos de defumação, bem como ensinamentos com anciãos indígenas e autocuidado.

A ideia, entretanto, é criar um lugar de pertencimento e desenvolvimento pessoal para milhares de jovens indígenas entre 12 e 29 anos que recebem atendimento da USAY.

Ademais, a área onde haverá a construção do edifício faz parte do território nacional das nações indígenas Piikani, Siksika, Iyarhe Nakoda, Kainai e Tsuut’ina e Metis.

O espaço de cultura para jovens indígenas é projetado para alcançar um equilíbrio sustentável. Para chegar a esse objetivo, aplica estratégias passivas como elementos de biofilia e iluminação natural. O uso de materiais naturais, como madeira, também compõe a proposta, além de eficiência energética como a solar. A previsão de conclusão da obra, porém, é para março de 2024.

Leia mais

Desenho ensina crianças sobre biodiversidade e cuidados com a natureza

Resort no oceano seria capaz de gerar energia das marés e proteger ecossistema

Filantech: startup ‘salva’ alimentos e doa a famílias em situação de vulnerabilidade