O Cine Cultura, abre espaço para receber a Mostra de Cinema Indígena: Terras, Chuvas e Aldeias. O evento será realizado nesta terça-feira (18), a partir das 16h e é gratuito.

Durante a mostra, que acontece na semana em que se comemora o Dia dos Povos Indígenas, são exibidos os filmes Terras Brasileiras (2018), Nguné Elü – O Dia Em Que A Lua Menstruou (2004), Pele de Branco (2012), Karioka (2014). Além disso, é possível conferir as produções Os Encantos do Rio (2017), Taego Ãwa (2017), e Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018).

O gerente de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDS), Sinvaldo Oliveira Saraiva, cujo nome na língua Karajá é Wahuka, quando pronunciado por uma mulher, e Wahua, pronunciado por um homem, explica como foi feita a seleção dos filmes que participam da mostra.

“A nossa proposta foi buscar filmes e documentários que fossem produzidos sobre a nossa cultura, priorizando aqueles de autoria do povo indígena.Como fio condutor, para essa escolha procuramos produções que demonstrassem a realidade indígena e pudesse, por meio da arte, combater os preconceitos, que ainda hoje, vigoram sobre a população indígena”, explica Wahuka.

O objetivo da Mostra de Cinema Indígena: Terras, Chuvas e Aldeias é a valorização da produção artística visual que celebra a Cultura povos originários. O gerente ressalta que o evento possibilita colocava a cultura e vivência indígena em evidência.

“Tem como premissa a potência formadora de diversas expressões artísticas, tanto dando valor aquilo que é produzido dentro da cultura desse povo, como possibilitando que os não indígenas possam acessar a nossa cultura a partir da nossa perspectiva. Essa ação promove a interculturalidade. É um saber conhecendo o outro”, ressalta.

Não há uma idade mínima para participar da mostra, inclusive, o ideal é incentivar que crianças e adolescentes participem e conheçam melhor as produções indígenas, mas é importante que os pais fiquem atentos porque alguns filmes têm classificação indicativa.

“Essa classificação varia de acordo com as filmagens feitas nas aldeias. Mas na verdade é muito importante que as crianças e adolescentes assistam as produções que foram selecionadas, uma vez que contribui para a educação humana, amplia a visão de mundo e faz com que elas sejam multiplicadoras do conhecimento a partir do respeito da diversidade cultural”, frisa Wahuka.

Confira a programação da mostra

16h – Curtas-metragens:
“Terras Brasileiras” (2018, 30 min, 12 anos);
“Nguné Elü – O Dia em que a Lua Menstruou” (2004, 28 min, 12 anos);
“Pele de branco” (2012, 25 min, 10 anos);
“Karioka” (2014, 20 min, livre);
“Os encantos do rio” (2017, 06 min, 10 anos)
18h30 – Taego Ãwa (2017, 70 min, 10 anos)
20h – Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (2018, 114 min, livre)

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