No Circula Roupas desta semana, Luciana Nunes destaca o Programa de Aceleração de Costureiras da Enel Distribuição Goiás. A capacitação ofereceu aulas de empreendedorismo, corte e costura com foco em reaproveitamento de materiais.
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Com uniformes usados pelos funcionários da empresa, foi desenvolvida uma coleção de moda que ficou incrível. São roupas e bolsas feitas com materiais que iriam para o lixo.
A coordenadora de projetos de Sustentabilidade da Enel, Lícia Borges, disse que o Programa de Aceleração de Costureiras valoriza a reutilização de produtos. “Elas recebem esses materiais, ressignificam esses materiais, aumenta a vida útil deles e esses materiais depois são vendidos”, contou.
Para fazer as novas peças, as mulheres aprenderam a técnica do upcycling, que é reutilizar peças de maneira criativa. A responsável pela área de Sustentabilidade da Enel Distribuição Brasil, Cláudia Guimarães, celebrou a coleção.
“A partir dos uniformes da Enel, a gente vai ter uma coleção incrível de peças e acessórios que poderão ser comercializados por esse grupo produtivo gerando renda para elas. Ou seja, dando uma destinação correta a esse resíduo que é bom para a sociedade, para o meio ambiente e todos nós”, detalhou.
Capacitação
As mulheres participaram de 40 horas de aulas teóricas e práticas de empreendedorismo e costura, no Coletivo Centopeia e também no Espaço Agir Sustentável, do Sistema Sagres. A iniciativa também teve como objetivos captar novos grupos produtivos e gerar renda, fomentando a economia circular e o empreendedorismo feminino local.
Ivonete da Silva disse que Goiânia é um polo enorme na área e que a participação no programa a ajudou despertar para uma profissão. “Além de qualificar, a gente pode se tornar uma profissional da área. E também achei muito importante, porque eu nunca tinha parado para pensar em para onde vai a roupa que não serve mais em mim, que eu não doei, ou que eu não faço esse tipo de trabalho e se torna em uma peça linda”, observou.
Quem também participou do projeto foi a Marinez da Silva, que vislumbrou nas aulas a possibilidade de uma nova fonte de renda. “É uma fonte de renda, de aproveitamento e trabalho. Uma coisa que iria ser descartada e agora vai dar benefícios para nós, uma renda”, afirmou.
A designer Su Martins foi uma das professoras da capacitação. Durante o curso, as alunas foram reunidas em 4 grupos produtivos que tiveram o desafio de reproduzir duas peças da coleção Energia, desenvolvidas pela designer. Tudo reutilizando os uniformes e equipamentos de proteção individual da Enel.
Fomento
As 22 mulheres que participaram da capacitação receberam incentivos de R$ 500 a R$ 3 mil para compra de máquinas e outros materiais de trabalho. Desta forma, as costureiras vão poder desenvolver novos produtos com material reaproveitado e fazer a economia circular.
Maria José Pereira gostou do programa e quer que a iniciativa continue para atingir muitas outras mulheres. “Que não pare por aí, criem outros grupos e multipliquem esse projeto”, pediu.
Para Agnes Salem, o reaproveitamento de materiais e técnicas para fazer novas peças foi uma novidade. “Eu aprendi o tanto que o tecido em geral não está sendo descartado da forma correta. Aprendi uma palavra diferente, upcycling, nunca tinha ouvido falar. Então quer dizer que nunca é tarde para aprender uma coisa nova”, destacou.
O Programa de Aceleração da Enel também despertou o olhar das costureiras para coisas novas e agora elas não impõem limites para sonhar. “Eu pude aprender sobre o empreendedorismo na economia sustentável, a ressignificação de coisas, o upcycling. Comecei a sonhar e pensei: ah, quem sabe algum dia eu possa ser uma grande estilista da Coco Chanel”, se divertiu contando Simone de Oliveira.
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