A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) revelou que 81% dos leitos de enfermaria e 85% das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão ocupados com pacientes de covid-19 em Goiânia. A superintendente de Regulação da SMS, Andréia Alcântara, disse à Sagres 730 nesta quarta-feira (10) que isso representa uma média de ocupação entre 85% a 90% dos leitos em gerais, isto é, forte pressão sobre o sistema de saúde. Em função disso, a SMS está contratando mais 50 vagas para ampliar o atendimento já na próxima semana.

Segundo Andréia, com essa taxa de ocupação de leitos a rede municipal de saúde já está sensível, ou seja, em estado de alerta, “é uma taxa elevada”. A superintendente revelou que a Prefeitura de Goiânia está trabalhando pela montagem e contratação de novos leitos em parceria com prestador privado, Santa Casa de Misericórdia e o Hospital das Clínicas. Ao todo, serão disponibilizados nos próximos 15 dias, 30 leitos de UTI e 22 de enfermaria. “Temos um total geral pouco confortável para os próximos dias”.

Na última quarta-feira, a SMS tratou com um prestador privado e credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS) onde foi disponibilizado 22 leitos de enfermaria para covid-19 e será aberto mais 10 vagas de leitos de UTI. Além disso, houve tratativas com a diretoria técnica da Santa Casa de Misericórdia, que sinalizou a possibilidade de abertura de 10 novos leitos de UTI e leitos de enfermaria específicos para o atendimento a pacientes com covid-19.

A superintendente de Regulação da SMS também citou que o Hospital das Clínicas também irá disponibilizar 8 leitos de UTI. “A nossa perspectiva é que os próximos 15 dias já consigamos abrir novos leitos”, disse. “Temos acompanhado diariamente as taxas de ocupações, a gente está provendo para que os pacientes não fiquem aguardando leitos, até hoje isso não aconteceu no município de Goiânia, e estamos trabalhando com muita força para que isso não aconteça até o final do pandemia”.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) trabalha com dois basilares, afirmou Andréia Alcântara, o sistema saúde e o isolamento social. Se a taxa de isolamento não está dentro do ideal (acima de 50%), é necessário adequar a assistência, ou seja, aumentar a oferta de atendimento no sistema de saúde.

“No aspecto de planejamento de abertura, isso não envolve apenas a Secretaria de Saúde, é todo um planejamento que envolve a Sedetec, a Secretaria de Finanças, então vale lembrar que a Secretaria de Saúde é um braço de gestão”, disse. “Mas temos trabalhado em um plano de abertura sim, estamos fazendo reuniões praticamente todos os dias essa semana e logo em breve a sociedade terá uma resposta a respeito disso”.