Dirigentes de Atlético e Vila Nova se reuniram nesta quinta-feira (28) com o prefeito Iris Rezende (MDB) no Paço Municipal em Goiânia. Na ocasião, o chefe do Executivo municipal assinou decreto que autoriza o retorno dos treinamentos por parte dos clubes da capital. Ontem (27), o gestor já havia sinalizado a permissão para a volta dos trabalhos nas agremiações, mesmo sem competições em andamento por conta da pandemia.

Após o encontro, o presidente do Atlético, Adson Batista, agradeceu o apoio da chamada “bancada da bola” para o retorno dos treinamentos na segunda-feira (1º).

“Eu vim aqui umas 300 vezes. Quero agradecer muito o vereador Zander [Fábio], o vereador [Romário] Policarpo, o vereador Welington Peixoto, que foi quem me trouxe aqui a todo momento, deu toda sustentação, e principalmente o prefeito Iris Rezende por entender que futebol é seguro, tem protocolos rigorosíssimos, que aumenta muito a minha responsabilidade para mostrar que eles estão certos”, afirma. “Os deputados Vinícius Cirqueira [vice-presidente do Vila Nova], Henrique Arantes [presidente do Conselho Deliberativo do Atlético] e o presidente da Assembleia Lissauer [Vieira] que foram também muito importantes nessa batalha”, complementa.

Na terça-feira (26), atletas do clube rubro-negro treinaram sem ter ainda autorização do poder público. Adson reforça que partiu dele a autorização para os treinos.

“Quem autorizou fui eu. E vou ser mais claro ainda. Todos os jogadores treinaram. Teve um treino específico, eu não podia nem citar nomes. Eu amenizei, porque 3, 4 jogadores ficaram na academia”, disse. “Todos tinham testado negativo, foi por isso que eu fiz, porque eu não sou nenhum irresponsável”, afirma. “Com toda responsabilidade. Ninguém aqui é maluco. Aliás, aqui no meu clube, como no Vila Nova, a maior responsabilidade é do presidente. Eu estou aqui para assumir minha responsabilidade”, acrescenta.

Depois da polêmica, Adson voltou atrás e cancelou as atividades no dia seguinte. De acordo com o presidente do Atlético, os atletas querem retornar aos trabalhos.

“Eu vou fazer tudo certo. Monitorar, exames periódicos, monitorar toda a saúde dos jogadores e dar tranquilidade para eles trabalhares. Eu tenho os jogadores confiantes, do nosso lado, eles querem também trabalhar. Isso é o mais importante, que há uma sintonia entre nós”, avalia.

Questionado sobre a ausência do presidente do Goiás, Marcelo Almeida, que teria sido contra o retorno dos treinamentos por conta da pandemia, Adson Batista disse que respeita a decisão, mas que não admitiria que outras equipes fossem coagidas a pensar da mesma forma.

“O Marcelo tem outra visão. Ele tem as estratégias dele, eu tenho que respeitar. Eu só não posso participar de uma reunião e ele se posicionar e fazer todo mundo pensar como ele. Isso eu não posso aceitar. Mas nada contra a honra da pessoa Marcelo. Foi uma questão de eu estar defendendo meu clube, ele estar defendendo o dele”, conclui.