A pressa para retornar ao futebol pode levar à decisões precipitadas. Em Goiás, a exemplo do que aconteceu com o Flamengo uma semana antes, o Atlético Goianiense não esperou a autorização do poder público para abrir seu centro de treinamento para os jogadores. Já na Áustria, um caso parecido, e com consequências duras para o clube acusado.

Durante o mês de abril, o LASK Linz foi flagrado, através de uma gravação de vídeo, ao violar o protocolo de saúde imposto pelo governo e pela federação do país para o retorno dos treinos. Durante a filmagem, foi possível observar que os jogadores treinavam normalmente, portanto sem respeitar as regras impostas.

Na ocasião, o governo austríaco ainda não havia permitido treinos com grande aglomeração, conforme o decreto do dia 20 de abril. A autorização para atividades coletivas veio somente no dia 15 de maio, há duas semanas. Em virtude disso, a Bundesliga instaurou processo, assinado pelos demais clubes da primeira divisão do Campeonato Austríaco, contra o LASK pela violação do fair play, alegando “vantagem competitiva”.

Nesta quinta-feira (28), veio a decisão da liga, que deduziu seis pontos do então líder do campeonato, além de ter aplicado uma multa de 75 mil euros (cerca de R$ 443 mil). Enquanto o clube de Linz tem até duas semanas para recorrer da decisão, que considerou “inapropriada”, o time se prepara para o retorno da Bundesliga austríaca, marcada para a próxima semana, a partir do dia 2 de junho.

Caso a punição se confirme, o LASK, que finalizou a primeira fase do Campeonato Austríaco com 54 pontos, iniciaria a fase final com 21 pontos, seis a menos do que originalmente – na segunda fase, a pontuação dos times é dividida pela metade. Dessa forma, o Red Bull Salzburg, que somou 48 pontos na primeira fase, se tornaria líder com 24, faltando dez rodadas para o final da competição.