De acordo com o relatório anual “Energia Renovável e Empregos” da Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil é o terceiro país do mundo que mais gera empregos em energia renovável. Em 2023, o país registrou 16,2 milhões de pessoas no setor contra 13,7 milhões que haviam em 2022, um aumento de 18%.
Entre os principais motivos para o aumento estão a expansão do mercado com a contínua fabricação de equipamentos e o crescimento da capacidade de geração de energia renovável no país.
Com isso, então, o Brasil se assemelha em geração de empregos na área a países como China, que gerou 7,4 milhões de novos empregos em energia renovável, e a União Europeia, que gerou 1,8 milhão. O Brasil tem uma nova capacidade de 1,56 milhão e os Estados Unidos e a Índia de 1 milhão de empregos.
Crescimento de renováveis no mundo
Somente o setor de energia solar fotovoltaica gerou 7,2 milhões de empregos em todo o mundo no ano passado. Um destaque dentro desse setor é a China, que gerou 4,6 milhões do total dessas vagas de trabalho. A sequência de setores com maiores vagas geradas tem os biocombustíveis líquidos e a energia hidrelétrica e eólica.
China, Índia, Brasil, Vietnã e Paquistão foram os maiores empregadores do setor de energia hidrelétrica no ano passado. No entanto, o setor registrou queda porque gerou 2,5 milhões em 2022 e 2,3 milhões em 2023.
Um setor que cresceu foi o de biocombustíveis, do qual o Brasil é o líder do ranking de novos empregos, com um terço dos 2,8 milhões de empregos no mundo.
China e Europa continuam como destaques do setor eólico. Pois dentro do total de 1,5 milhão de novos empregos, contribuíram respectivamente com 52% e 21% na fabricação e instalação de turbinas.
Transição energética
A geração de novos empregos indica um bom caminho para a transição energética, mas o Diretor-Geral da OIT, Gilbert F. Houngbo, desatou a necessidade de trabalhador para ocupar as vagas.
“Investir em educação, habilidades e treinamento ajuda a requalificar todos os trabalhadores dos setores de combustíveis fósseis, abordar as disparidades de gênero ou outras e preparar a força de trabalho para novas funções de energia limpa”, disse.
O treinamento, segundo o diretor, é essencial para que o mercado de renováveis continue crescendo. “Isso é essencial se quisermos equipar os trabalhadores com o conhecimento e as habilidades que precisam para conseguir empregos decentes e garantir que a transição energética seja justa e sustentável, exigida no Acordo de Paris”, completou.
*CicloVivo
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 07 – Energia limpa e acessível.
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