Classificado e vivendo a expectativa pela segunda fase da Série C do Brasileirão, o Vila Nova ainda não definiu se vai sediar as partidas do quadrangular final no Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA) ou no Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira.

O jogo diante do Jacuipense-BA foi um teste no Olímpico. Em entrevista à Sagres 730, o presidente do clube, Hugo Jorge Bravo destacou que a decisão deve ser tomada no início da semana.

Vamos sentar com a missão técnica e com os jogadores, é uma decisão que vai passar muito mais por eles do que por nós. Temos toda essa problemática que é o período chuvoso que vamos enfrentar. Sabemos das condições de jogar no OBA e de jogar no Olímpico e nós vamos ponderar. Lembrando que ainda temos dois jogos do Aspirantes que acontecerão no OBA, argumentou.

O presidente colorado ainda salientou que para jogar do Olímpico as despesas são maiores do que no OBA.

Aqui a gente ainda paga para jogar. Gostaria muito de contar também com o poder público nessa reta final, estamos vendo estados igual o Pará… Não sei se as pessoas sabem, mas Remos e Paysandu receberam aproximadamente três milhões de reais do governo, declarou.

O dirigente ainda ressaltou que outros estados como, Alagoas, Paraíba e Ceará também tem ajudado financeiramente seus clube de futebol. E afirmou que “não é pensar em é desviar dinheiro… Não, é utilidade pública as associações esportivas, é um momento em que esse grupo que representa o Futebol Brasileiro e, significa 1% do PIB nacional, precisa muito de apoio”.

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Segundo Bravo, o aluguel do Olímpico custa R$2.000,00 para jogos durante o dia e R$3.000,00 para partidas noturnas, em que os refletores precisam ser ligados, sem contar os outros gastos que clube precisa cobrir.

Nós temos borderô de Federação, temos despesas com um quadro móvel pequeno, mas existe, podemos dizer que para jogar (no Olímpico) nós pagamos em torno de sete mil reais, revelou.

Manto da virada

Por conta da pandemia do novo coronavírus as partidas estão sendo realizadas sem a presença do público, o que tirou do Vila Nova sua principal fonte de renda: a bilheteria. Para gerar receita o clube lançou o manto da virada, que tem sido um sucesso de vendas.

Hugo Jorge Bravo detalhou que a partir dessa segunda-feira (7) quem adquiriu a camisa no primeiro lote, já poderá retirá-la na loja do Vila e mais uma vez fez um apelo ao torcedor.

Vamos abrir o terceiro lote de vendas de camisa e aproveito o espaço para pedir para o torcedor abraçar esse terceiro lote. É muito importante para nós, estamos a nove meses sem um real de bilheteria, tem sido penoso e assim como foi o sucesso do manto do povo, estamos conseguindo deslanchar, afirmou.

Esse terceiro lote vai dar uma aliava financeiramente, precisamos pagar uma folha de pagamento pelo menos até o dia quinze. Precisamos muito do apoio do torcedor, tem sido muito difícil para nós. Agradeço a quem já adquiriu e peço para adquirirem mais uma, peço encarecidamente o apoio de todos, o momento está sofrido, está difícil… Nossa principal fonte de receita era a bilheteria e nós não temos, lamentou.

Ao ser questionado se existe um receio de que a crise financeira possa se agravar e influenciar dentro de campo, o dirigente admitiu que sim.

Lógico que a gente se preocupa, as vezes não é por maldade. O jogador ter que se preocupar não só com o jogo, mas se preocupar com a condição da sua vida financeira no final de ano, é um fator que pode ser um problema. Mas vamos fazer todos os esforços do mundo, o possível e o impossível para conseguirmos, finalizou Hugo Jorge Bravo.

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