A última rodada de negociação do tratado pelo fim da poluição plástica será realizada em novembro. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) realizou a rodada passada em Ottawa, no Canadá, entre 23 e 29 de abril. No entanto, não houve um acordo.  Mesmo assim, o Pnuma destacou avanços importantes da reunião.

O tratado deverá ser um instrumento jurídico para todos os países que assinarem o documento. Por isso, participam das negociações cerca de 2,5 mil pessoas que representam 170 países e mais de 480 organizações. O último encontro registrou uma forte presença de pessoas ligadas à indústria de plásticos. Mas apesar de não haver um acordo, o texto da negociação avançou.

O Pnuma apontou que, desta vez, o texto do tratado foi o centro dos diálogos, que as pessoas falaram sobre emissões e processos industriais, a cadeia de produção e a gestão de resíduos, e houve abertura para um possível financiamento da transição justa.

Poluição grande

A agência da ONU para o clima afirma que “a crise da poluição plástica continua engolindo o mundo” e que é preciso adotar medidas para limitar a produção. Entretanto, o maior ponto de embate para a aprovação do tratado é a limitação da quantidade de plástico que deverá ser fabricada no mundo.

A indústria plástica é uma das que mais utilizam combustíveis fósseis e produtos químicos. Portanto, uma das que mais poluem a atmosfera e, consequentemente, contribui para a poluição de mares e oceanos. 

A limitação da produção é uma objeção de países, empresas produtoras de plástico e exportadoras de petróleo e gás. Mas apesar do debate, a limitação ainda está no texto.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.

Leia mais: