O jogo parecia que tinha um nome: Rogério Ceni, com defesas milagrosas no 1º empo. Só que Rogério Ceni dividiu esse “titulo” com outro personagem: o zagueiro Rodrigo. Aos 44 minutos do 2º tempo, Rogério fez lembrar o goleiro Carlos, que defendeu a Seleção Brasileira na Copa de 86 e tomou um gol, de pênalti, contra a França porque ela bateu em suas costas após tocar a trave. Dessa vez de falta, Rodrigo fez o gol e levou o Goiás a vitória por 1 a 0 no Serra Dourada.
O Jogo
O calor forte não impediu que os primeiros 45 minutos de jogo fossem intensos, do início ao fim. Logo aos quatro minutos, o Goiás teve a primeira boa chance do jogo, em lance que Walter ajeito para Hugo disparar o chute rasteiro, mas Rogério fez a primeira de uma série de defesas. A chegada mais perigosa do São Paulo, sem dúvida, veio aos sete minutos, quando Wellinton saiu na cara de Renan, driblou o goleiro, mas sem ângulo, bateu para fora.
Aos 15, Rogério mostrou ser arrojado e saiu para dividir bola com Walter, que por pouco não abriu o marcador. O camisa 18, aliás, exigiu mais de Rogério, quando aos 23min, arriscou de longe e quase surpreendeu o goleiro tricolor, que espalmou. O Goiás, que atacava e pouco sofria sustos na defesa, continuou na missão intensa de chutar ao gol e aos 29, foi a vez de Renan Oliveira, que em chute colocado, tirou tinta da trave de Ceni.
O melhor da etapa um, Rogério guardou para dois lances no fim, duas defesas, impressionantes. Aos 38, após cobrança de falta, Walter testou firme e o goleiro, mostrando elasticidade aos 40 anos, fez a defesa. Aos 44, então, o goleiro são-paulino se agigantou: após nova cobrança de falta, a bola caiu nos pés de Hugo, que chutou forte, à queima roupa, mas o goleiro saltou pra espalmar novamente.
2º tempo
Se na primeira etapa só deu Ceni, na etapa final ele mal sujou o uniforme. Logo na volta do intervalo, Enderson Moreira alterou o posicionamento dos laterais: Thiago Mendes foi para a esquerda e Vitor para a direita, mas o resultado não ajudou. Com o ritmo bem abaixo, Enderson colocou Araújo no lugar de Tartá e a primeira chance foi justamente do veterano. Aos 18min, Walter recebeu sem angulo e cruzou para Araújo, que de voleio, pegou mal.
https://www.youtube.com/watch?v=norrGnQJFqU
Aos 24, o principal lance polêmico do jogo: Wellinton entrou na área, tentou o drible sobre Thiago Mendes e foi puxado de forma clara, mas o árbitro não marcou a penalidade máxima. Aos 31, o Tricolor chegou outra vez, com Aloísio em passe de Ganso, mas o atacante chutou sem direção. Sasha, que também entrou na partida, teve oportunidade aos 40 em cruzamento, mas a bola bateu na zaga e saiu.
Lembra que Rogério mal tinha sujado o uniforme? Na verdade, ele sujou, mas logo uma área que goleiro não costuma sujar. E isso foi pior para ele. Aos 45min, Rodrigo Caio fez falta em Vitor na intermediária e na cobrança, o zagueiro Rodrigo mandou um foguete contra o gol tricolor, a bola explodiu na trave e nas costas de Rogério antes de entrar, lentamente, no gol, para êxtase da torcida e do zagueiro esmeraldino, que decretou a vitória.
FICHA TÉCNICA
GOIÁS 1 X 0 SÃO PAULO
Local: Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Data: 22 de setembro de 2013, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Paulo Henrique Godoy Bezerra (SC)
Assistentes: Fábio Pereira (TO) e Marrubson Melo Freitas (DF)
Público e Renda: 24.789 pagantes/ R$600.145,00
Gol: GOIÁS: Rodrigo, aos 44 minutos do segundo tempo
GOIÁS: Renan; Vitor, Ernando, Rodrigo e Thiago Mendes; Amaral, David (Ramon), Renan Oliveira, Hugo (Eduardo Sasha) e Tartá (Araújo); Walter
Técnico: Enderson Moreira
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rafael Toloi, Antônio Carlos e Reinaldo; Rodrigo Caio, Denilson (Fabrício), Jadson e Paulo Henrique Ganso; Welliton (Osvaldo) e Luis Fabiano (Aloísio)