Depois de estrear na temporada passada com o título do Campeonato Goiano, o projeto do futebol feminino do Goiás seguiu este ano com a estreia no Campeonato Brasileiro. Ao lado de Atlético-MG, Botafogo-RJ, Real Brasília-DF, Vasco da Gama-RJ e Vila Nova-ES, a equipe esmeraldina está no Grupo E da Série A2.

Com a pandemia do novo coronavírus e a suspensão das competições nacionais pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), contudo, o Goiás disputou somente uma partida. No dia 15 de março, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, empatou em 1 a 1 com o Vasco. Como todos os outros jogos marcados, o compromisso seguinte, contra o Botafogo, na Serrinha, não aconteceu e não tem qualquer previsão.

Hoje o futebol feminino esmeraldino é coordenado por Harlei Menezes, assessor da presidência do Goiás e que recebeu a pasta sob a administração de Junior Vieira, vice-presidente de Esportes Olímpicos e Paraolímpicos. Ao seu lado, estão os gestores Luiz Cezar e Patrícia Menezes, enquanto Christiane Guimarães é a treinadora.

Entrevistado pela Sagres 730 na última segunda-feira (15) durante o programa Toque de Primeira, Harlei explicou o acordo feito com as jogadores após a paralisação, que já dura três meses. Além da ajuda da CBF, que repassou R$ 50 mil a cada clube do Campeonato Brasileiro Feminino, e, seguindo a MP 936, com a suspensão temporária do contrato de trabalho, “paga-se uma parte pelo Goiás, outra parte o governo reembolsa”.

“Como os salários dessas atletas se enquadram dentro desse perfil, elas não estão tendo nenhum tipo de prejuízo. O prejuízo mesmo é físico por não estarem podendo treinar e exercer a profissão. Mas todas com contrato profissional, devidamente registradas, e aguardando essa volta do futebol para podemos retornar aos treinamentos e à competição também”, frisou o dirigente.

Questionado sobre a expectativa de retorno, ressaltou que “pelas conversas que tenho dentro da CBF e dos contatos que tenho, está tudo muito indefinido. Temos procurado se informar e ver se tem havido algum tipo de movimentação, mas até o momento não houve. Até o futebol masculino, que sabemos que tem um calendário maior e mais ativo, também está indefinido, então o futebol feminino continua assim”.

Para Harlei, é possível a temporada não ser retomada, “porque muitas equipes conseguiram manter os seus times. O Goiás vem conseguindo, mas muitos clubes não conseguiram. Tememos que a competição não seja retomada, o que seria um grande prejuízo, já que foi uma exigência da CBF”.

“Nós, para não sofrer nenhum tipo de punição, e também já era pensamento do Goiás de ter a sua equipe feminina, fizemos tudo com muito critério e capricho para que pudéssemos não só cumprir com as exigências, mas também montar uma equipe competitiva e que pudesse trazer orgulho para o torcedor esmeraldino” completou o dirigente.