Com o dólar fechando o dia a R$ 2,45, o resultado é que o consumidor pise no freio e que segmentos como o turismo exterior tenham prejuízos.
O presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio) José Evaristo dos Santos, explicou que o maior nível de importação de produtos em relação à exportação tem gerado uma valorização excessiva do dólar.
“O câmbio tem uma oscilação forte quando há uma falta de credibilidade para os investimentos no país. Nós não conseguimos levar nossos produtos para fora, competindo com os demais concorrentes do mercado externo, nós temos ainda uma cota de importação de produtos bastante alta, e se o dólar está elevado, e a nossa moeda desvalorizada, esse produtos vão chegar aqui no Brasil mais caros do que tínhamos antes, e isso não é bom porque a inflação vai impactar o consumidor. É bom que a gente segure a inflação, e é bom que o país pense em não ter uma moeda tão desvalorizada”, relata.
E a tendência é que a cotação do dólar ainda aumente este ano, prejudicando principalmente o ramo do turismo, como declara o presidente da Fecomércio.
“Esse ano já chegou a quase 18% de aumento. Significa que quem viajou no ano passado e fosse repetir a viagem iria pagar muito mais caro. É lógico que a recomendação nossa é que viajem dentro do país, fazendo um turismo interno. Não há ainda uma segurança que o dólar venha a estar estável, e temos a perspectiva que possa subir ainda mais a moeda”, finaliza.