Por não ter vencido e estar vendo a classificação seriamente ameaçada nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro da Série C, até entendo a revolta da torcida colorada após o empate sem gols diante do Madureira-RJ, no estádio Serra Dourada, pela 14ª Rodada da primeira fase. No entanto, o Vila Nova teve uma grande atuação. O cenário só não foi o mesmo da vitória diante do Caxias-RS, êxito por 4 a 0, porque os atacantes pecaram nas finalizações. Coisa de jogo. Nada além disso. Apontar qualquer justificativa além disso, significa deixar a emoção aflorar diante da razão.
O volante Robston até chegou a dizer no microfone da Rádio 730 que preferiria ter jogado mal e ganhado. Todos querem os três pontos, a vitória e o sucesso. Reconheço que na cultura do futebol, o resultado é o único pilar para manter planejamento. No entanto, entendo que boas atuações apontam que o time está mais próximo da vitória, diferente do que vimos diante de Duque de Caxias, Mogi Mirim e CRAC onde o Tigre não fez tanto por merecer o resultado e esteve muito mais próximo de vexames.
Defensivamente com Toni (mais uma vez com lindas defesas), Thiago Cametá, Vitor, Douglas Assis, Alan, Arthur e Osmar, o time se portou bem. Critiquei Osmar na última partida. Aliviou as dores no joelho. Neste sábado voltou a seguir na direção do futebol apresentado no primeiro semestre. Arthur foi um gigante no meio campo e com desarmes inicio bons contra-ataques.
No aspecto ofensivo, o senão fica por conta das finalizações. Muito foi criado, muito foi articulado e infelizmente nada foi concluído com eficiência. Gostei de algumas percepções que tive da estreia do Rodrigo Dantas. Ele é inteligente, se movimenta bem. Com entrosamento e conjunto (não sei se terá tempo), ele será uma excelente opção para a comissão técnica vilanovense. Teve boas oportunidades de cabeça e para finalizações com o pé. Me deixou uma boa impressão. Marco Aurélio, Rodrigo Dantas, Gustavo e João Sales vão trabalhar o pé e a mente – a tranquilidade será fundamental para que o ataque volte a render e alivie qualquer dúvida e tensão nestas últimas rodadas da competição.
Cheguei até informar na programação 730 que o técnico Heriberto da Cunha estava sob forte ameaça neste sábado. Ele nunca foi unamidade pela torcida, sequer pela maioria desde a chegada. Muitos ainda pedem a saída dele. A vitória não veio, mas o volume e atuação vão atenuar qualquer atitude na decisão da diretoria. A impressão que tive que houve uma evolução da equipe, mesmo não vindo o resultado. O desespero pode acelerar o coração do torcedor, mas nunca nortear qualquer ação da diretoria.
Deixo os meus sentimentos ao diretor de futebol, Newton Ferreira, pelo falecimento de seu pai. Desejo toda força a todos os familiares.