Foto: Flavio Lo Scalzo/Reuters/Direitos Reservados
A prefeitura de Belo Horizonte está abrindo 1,9 mil novos locais para sepultamentos nos cemitérios municipais para suprir o possível aumento de óbitos por causa da Covid-19. De acordo com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica da capital mineira, a medida faz parte de um plano de contingência que também inclui a compra de equipamentos de proteção individual para os funcionários e a contratação futura de mão de obra.
“Considerando o cenário de pandemia e as realidades experimentadas em outros estados e países, os cemitérios de BH estão trabalhando em regime de alerta a fim de evitar o colapso do sistema, levando-se em conta que, caso as medidas preventivas não sejam adotadas, podemos experimentar cenários e projeções ruins, como já vem sendo amplamente divulgado pelos especialistas”, informou, em nota a fundação.
A informação, confirmada hoje (29) pela fundação à Agência Brasil, é do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Em vídeo divulgado ontem (28) nas redes sociais, Kalil defendeu a manutenção do isolamento social como forma de prevenção à disseminação descontrolada da doença, disse que “não quer ser o prefeito coveiro” e que fica “horrorizado com a falta de sensibilidade humana de ver covas rasas”.
“Eu tô horrorizado com gente que diz que a gente tem condições de abrir o comércio. Baseado em que? No que estamos assistindo no Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Ceará, Pernambuco? A pandemia vem pra Belo Horizonte”, argumentou, citando estados em que a curva de infecção vem crescendo rapidamente. As cidades mais afetadas pela pandemia estão vivendo já o colapso de seus sistemas de saúde e funerários.
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