Não é fácil, para qualquer que seja o treinador, perder o seu jogador referência e ter que remontar o time em apenas três dias. Pois foi justamente isso que o técnico Heriberto da Cunha teve de encarar para a sua estreia no Serra Dourada como comandante do Vila Nova. Depois de perder Frontini, o artilheiro do time com cinco gols, no treino de quarta-feira, o treinador teve de buscar um novo Vila.

Dessa forma, sai de cena o time que jogava por Frontini e entra o time que joga por todos. E, se a referencia do camisa 9 foi perdida por alguns jogos, o Vila ganhou em velocidade, com jogadores mais leves. Breno deve ser o substituto de Frontini e fará com que o time seja mais intenso. Heriberto sabe disso, mas quer também uma organização bem feita dentro das quatro linhas.

“É uma equipe que se torna mais veloz, é uma caraterística dos jogadores que vão entrar. A gente espera essa velocidade, mas que eles mantenham um posicionamento dentro de campo que possa equilibrar na disposição tática da equipe. O estilo preferido é quando uma equipe vai bem, uma equipe agressiva, uma equipe que ataca os 90 minutos, que saiba defender, esse é o estilo que nós queremos”

O receio do treinador, na verdade, é que o time se empolgue demais ou se perca demais no barulho da torcida. Portanto, mais do que treinar a parte tática, Heriberto da Cunha finalizou a preparação com grandes doses de orientação. O comandante colorado quer o time trabalhando a bola e não teme uma desorganização exagerada.

 “Não, já trabalhei isso com eles, falei que vai ter momentos difíceis, momentos que, às vezes, vai perder bola demais, vai querer toda hora sair em velocidade e acabar perdendo essa bola. A gente tem que trabalhar a bola até o momento certo de imprimir a velocidade, saber o momento que tem que segurar essa bola. São jogadores jovens, que tem uma volúpia muito grande, mas conversamos com todos eles”