Depois de uma longa negociação, na última semana, Goiás e Atlético Mineiro finalmente chegaram a um acordo para a transferência do volante Léo Sena. A venda do jogador de 24 anos, que já se despediu do antigo clube, renderá 4 milhões de reais aos cofres esmeraldinos, valor válido por 80% dos direitos econômicos do atleta.

Enquanto o Goiás permanecerá com 20% dos direitos do volante, a diretoria esmeraldina agora aguarda o depósito do clube mineiro, que deve ocorrer na próxima semana. Por outro lado, a saída de Léo Sena abriu uma grande lacuna na equipe do treinador Ney Franco, que tinha ex-camisa 20 como uma das referências do time.

Se antes os comentaristas da Sagres já avaliavam que o elenco do Goiás precisava de reforços, a situação ficou ainda mais evidente agora com a transferência. Embora o discurso da diretoria seja de que a reposição será com jogadores da base, os analistas da Sagres reforçaram que o setor de meio-campo esmeraldino necessita de novidades.

Para José Carlos Lopes, exigente por novos atletas na equipe de Ney Franco, “os 4 milhões que o Goiás receberá do Léo Sena pela negociação com o Atlético Mineiro devem ser aplicados exclusivamente no futebol. Com o Léo Sena, o Goiás precisaria de mais um jogador para o meio-campo. Sem ele, agora são dois: um volante e mais um meia de armação”.

Já Cleber Ferreira ressaltou que “o dinheiro do Léo Sena deve servir para duas coisas”. Primeiro, “fazer caixa, todo dinheiro em caixa agora é importante, porque virá uma crise econômica no pós-pandemia incalculável”. Segundo, “o Goiás precisa montar um time para disputar a Série A. Seu elenco é fraco, o time mostrou isso no Campeonato Goiano, então esse dinheiro pode ser utilizado também para reforçar o time. O excedente, guarda”.

Por sua vez, Evandro Gomes reforçou que “se o Goiás já estava precisando de contratar com o Léo Sena no elenco, evidentemente que sua saída exige uma contratação, uma peça de reposição, em caráter de urgência. É um time rico em patrimônio e não precisa usar esse dinheiro no patrimônio. Precisa, sim, reforçar o seu elenco profissional e com a contratação de um jogador do nível ou superior ao do Léo Sena”.

Charlie Pereira também destacou que o dinheiro “deveria ser para a qualificação do elenco e trazer um substituto do Léo Sena. Porém, tudo mudou. A realidade é outra e o Goiás não está conseguindo fechar a conta, reduzindo salários dos jogadores e suspendendo contratos de funcionários. O momento é colocar a casa em ordem, até porque, lá na frente, se o salário estiver atrasado, a bola, todo mundo sabe, não vai entrar”.