Os brasileiros repatriados na Base Aérea de Anápolis (Foto: Soldado Wilhan Campos/FAB)

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O Ministério da Saúde avalia antecipar o fim da quarentena para equipe que buscou os brasileiros repatriados de Wuhan, na China. Médicos, tripulantes e jornalistas estão em isolamento com os 34 repatriados há 8 dias, na Base Aérea de Anápolis. De acordo com a Superintendente de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Fluvia Amorim, uma comissão dos ministérios, incluindo o da Defesa, é quem dará a palavra final sobre a possível saída antecipada.

“Enquanto Estado, a gente coleta e processa as amostras. A definição do período de quarentena realmente é essa comissão do ministério que decide”, afirma.

De acordo com a superintendente, foram coletadas secreções de nariz e garganta das 58 pessoas em quarentena. As amostras saíram da Base Aérea de Anápolis a caminho do Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen), em Goiânia. O resultado sai em até 72 horas.

“O período de incubação do vírus é de até 14 dias. A média que temos visto da grande maioria que desenvolveu sintomas, a partir do momento da exposição ao vírus, é de 5 a 7 dias, até onde se sabe. Lembrando que ainda tem muitos estudos sendo feitos, mas até o momento, o que a gente tem de informação é isso”, afirma. “Se o risco for pequeno, com certeza eles não sairão”, reforça.

Não são coletadas amostras de sangue. Os exames foram feitos no dia da chegada, depois entre o 7º e o 8º dia e, por fim, o último no 14º dia. As coletas para identificação de coronavírus e de outros vírus respiratórios, com amostras retiradas das narinas e garganta.

De acordo com o Ministério da Saúde, ainda restam três casos suspeitos da doença em todo o país. Não há registros em Goiás.

Sarampo

Fluvia Amorim chama a atenção para a baixa procura pela vacina contra o sarampo. A média de vacinação em Goiás é de 80%, quando o mínimo necessário é de 95%, no público-alvo que é de indivíduos entre 5 e 19 anos.

“Nós temos outras doenças que já estão circulando no Brasil, que já estão causando mortes inclusive de crianças, e as pessoas ainda não se atentaram para tomar a vacina contra o sarampo, por exemplo. A gente vê nesse momento esse bum de notícias sobre o coronavírus, nós temos o sarampo circulando depois de 20 anos no nosso país e no nosso estado, e ainda municípios com baixas coberturas, baixa procura da vacina”, afirma.

Segundo Fluvia, no Dia D de vacinação contra o sarampo, realizado no último sábado (15), houve salas de vacinação vazias em alguns municípios goianos. Segundo a superintendente, algumas cidades ao norte do Entorno de Brasília chegam a apresentar médias abaixo de 50% de imunização do público-alvo.

Em 2019, foram 14 casos confirmados em Goiás. Em 2020, um caso foi registrado no estado. Não houve mortes. A campanha de vacinação contra o sarampo vai até 13 de março.