Proveniente de um Termo de Ajustamento de Conduta (TCA), entre uma empresa privada e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Goiás, o recurso de R$ 1,5 milhão será empregado no Complexo Arqueológico de Serranópolis para execução de ações de preservação e pesquisa. O investimento será feito ao longo de cinco anos e vai contemplar aproximadamente 30 sítios arqueológicos do município.

Conforme o superintendente do Iphan Goiás, Allyson Ribeiro, o Complexo de Serranópolis é um dos mais importantes do Brasil, principalmente por ter cerca de 11 mil anos. “Ele é composto por várias estruturas, inclusive algumas de pinturas rupestres riquíssimas e que estamos tentando preservar”, explicou o superintendente.

Assista a entrevista na íntegra a partir de 1h34:

Allyson apontou ao Sistema Sagres de Comunicação que é grande a preocupação do Instituto em preservar os sítios arqueológicos das interferências humanas e do vandalismo. “Algumas ações, querendo ou não, acontecem em razão de o sítio estar desprotegido, porque são, em regra, localizados em fazendas, áreas mais remotas e, muitas vezes, o Iphan não consegue manter a integridade e a fiscalização desses locais por conta da distância e dificuldade de acesso”, relatou. 

Patrimônio Histórico e Cultural

“Imagine só como as pessoas viveram no Cerrado e no Estado de Goiás há cerca de 11 mil anos atrás? Não é pouca coisa. E como podemos avaliar que forma o ser humano e a população da região evoluíram durante esse período?”, indaga o superintendente ao reforçar a importância da pesquisa. “Só conseguimos fazer essa análise através de estudos e de pesquisas dos sítios arqueológicos. É o que demonstra de que forma eles viviam, o que comiam, como se organizavam em sociedade. Essa riqueza é imprescindível para entendermos de que forma houve essa evolução”, completou.

Allyson Ribeiro ainda destacou que já foram captados mais de R$ 200 mil, também em compensação por parte de empresas privadas, para investimento no Complexo de Serranópolis. Agora, o Iphan está em fase de negociação para formalizar outro TCA que garantirá recursos para aplicação no sítio arqueológico de Ouro Fino, localizado na cidade de Goiás. “O Iphan pretende propor uma ação de estabilização daquelas ruínas para que isso não se perca, o restante daquele riquíssimo sítio arqueológico de Goiás”, finalizou Allyson Ribeiro.