No dia 5 de junho é comemorado o Dia do Meio Ambiente. Para celebrar essa data a Sagres 730 conversou com a Lullyane Barrero e o Luiz Botosso que dedicam boa parte do seus tempos para cuidar da natureza. Ambos trazem experiências e histórias inspiradoras.

Lullyane Barrero tem 28 anos e teve o incentivo da mãe para se apaixonar e se envolver em causas ambientais. Desde pequena frequentava a chácara da família, mas o amor pela ciência da natureza só foi despertado ao começar a estudar sobre ela. Antes disso era apenas uma curiosidade sobre o tema.

Em 2009 Lullyane ouviu falar do curso de ecologia e se interessou. Desde então, ela se dedica a aprender mais sobre o meio ambiente. “Quando eu comecei a estudar ecologia eu pensei: preciso de trabalhar com mais afinco sobre isso. Então, mesmo sem finalizar o curso de ecologia eu já entrei no curso de engenharia ambiental”.

Atualmente Lullyane Barrero é proprietária de uma empresa de consultoria em sustentabilidade. Com isso, ela conseguiu unir a paixão com a carreira profissional.

Foto: Perfil Social/ Equillybre

Já Luiz Botosso é arquiteto-urbanista e divide o emprego no Estado com projetos de resgate e conscientização à natureza. Ele conta que ingressou no grupo de escoteiros ainda novo e foi no grupo que recebeu as primeiras orientações de valores sobre o meio ambiente.

“O escotismo é muito ligado a questão de preservação do meio ambiente. Um dos artigos da lei escoteira fala que o escoteiro é bom para animais e plantas. Então, isso acaba vindo embutido na criança”.

Além de liderar trabalhos na Base Escoteira de Pesquisa e Educação Ambiental, Botosso também trabalha com produção de animações. Os filmes, com temas ambientais, já participaram de festivais e um deles, “Bartô”, conquistou um prêmio no Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica) de 2006.

Confira a animação na íntegra:

Outro projeto de destaque é o Navegar Pela Vida, que visa conscientizar as pessoas sobre os cuidados que devemos ter com rios e lago. A ação é resultado de uma impressão ruim que Luiz teve do Rio Vermelho em uma viagem a passeio.

“Em 2001 eu desci de caiaque pelo Rio Vermelho, só para divertir e fiquei chocado com o estado de degradação do rio. Então, em 2016 eu voltei a descer o rio com câmera com a intenção de fazer um documentário”, relata Botosso.

Lullyane também ressalta essa preocupação com as águas. Ela conta que em sua empresa recebe contato de municípios alegando que precisam de ajuda por escassez de água.

“Quando a gente vai avaliar o que está reduzindo o volume de água daquele município nós descobrimos que o problema está na nascente. Os pequenos proprietários rurais estão ali consumindo essa água ou fazendo algum barramento. Ou simplesmente colocou o gado para consumir da nascente”, explica.

Lullyane Barrera finaliza alertando que são as pequenas atitudes de nosso dia a dia que vão fazer a diferença no meio ambiente. “Cada um deve começar a pensar no seu dia a dia, de onde vem a sua comida, o que você está gastando de água. E os resíduos, você tem separado seus resíduos?”, indaga.

*Dili Zago é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o IPHAC e a Faculdade Araguaia sob supervisão do jornalista Vinícius Tondolo.