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As contas do setor público, representado pelo governo federal, estados, municípios e empresas estatais, apresentaram um déficit primário de R$ 14 bilhões e 420 milhões de reais no primeiro semestre de 2018. O valor equivale a 0,43% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de toda a riqueza produzida no Brasil. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central.

Na prática, isso quer dizer que, no período analisado, as despesas dos entes em questão superaram as receitas com impostos e contribuições. Vale lembrar que essa conta não abrange os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.

Mesmo com um resultado negativo, essa foi a melhor performance do setor para os seis primeiros meses do ano desde 2015. Naquele ano, houve um superávit primário de R$ 16 bilhões e 220 milhões de reais. No primeiro semestre do ano passado, as contas públicas fecharam com um déficit que ultrapassou R$ 35 bilhões.

O chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Lemos, afirma que esse foi o melhor resultado para o mês desde 2016, e ressalta que um dos motivos foi a compensação entre a receitas e as despesas para o período.

“A principal razão dessa melhora em termos de atribuição por receita e despesa foi o incremento de 2% nas receitas e uma retração de 1,1% nas despesas. Cabe destacar aqui que, em 2018, houve pagamento de precatórios em abril e maio. Em 2017, esses precatórios foram pagos em junho. Total de R$ 8,8 bilhões. Em 2018, também houve um retorno de fundo soberano de R$ 0,5 bilhões (R$ 500 milhões) como impacto positivo.”

Ainda de acordo com a instituição financeira, quando o pagamento dos juros da dívida pública é incorporado à conta dos gastos do governo central, o déficit sobe para R$ 57,94 bilhões apenas no mês de junho.