O partido Patriota decidiu, por maioria, afastar por 90 dias o presidente Adilson Barroso do comando da sigla por ter negociado “individualmente” a filiação do presidente Jair Bolsonaro, que está sem partido e precisa se filiar a algum para disputar a eleição do ano que vem. A decisão do Patriota foi tomada ontem, durante convenção nacional do partido. Barroso e o senador Flávio Bolsonaro (RJ), que se filiou recentemente à sigla, não participaram da convenção e não justificaram a ausência.
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O vice-presidente do Patriota, Ovasco Resende, assume o comando da sigla e o afastamento de Barroso é válido por 90 dias, prorrogáveis por mais 90 dias. Durante esse período, o caso será analisado pelo conselho de ética da sigla. Membros do partido garantem que Barroso terá todo o direito à defesa. Após a análise pelo conselho, o caso volta para deliberação da executiva nacional do partido, que deliberará sobre o afastamento definitivo. Se for absolvido, Barroso volta para a presidência.
“Sempre dissemos que o presidente Adilson fez uma série de irregularidades, que tratou de convenção atrás de convenção”, afirmou Jorcelino Braga, secretário-geral do Patriota, em entrevista coletiva dada após a reunião. Braga é presidente do diretório estadual de Goiás e assinou representação enviada à Justiça Eleitoral contestando as alterações na estrutura do partido feitas de forma unilateral por Barroso. O TSE pediu encaminhamento da demanda à Justiça Comum.

Mal me quer
Braga afirmava não ser contra a filiação do presidente em princípio, mas diz que o partido não foi ouvido e ninguém sabia exatamente o espaço que os aliados de Bolsonaro teriam internamente. Agora, a maior parte da executiva decide rejeitar a entrega de controle da legenda ao clã Bolsonaro.
Pela maioria
Além de cumprir agenda partidária, em evento do diretório regional do PSD, e encontrar deputados estaduais na Assembleia Legislativa, o ex-ministro Henrique Meirelles deve se encontrar com o governador Ronaldo Caiado (DEM), nesta tarde. O senador Vanderlan Cardoso torce pela aliança e afirma que a maioria no PSD em Goiás compartilha da intenção.
Formalidade
Na base do governador, no entanto, o sentimento apurado é de que o encontro com Meirelles deverá ser marcado pela formalidade. Sem maiores gestos por parte de Caiado.
Mãos abanando
Um caiadista ouvido pela Sagres Em Off aponta que as agendas de Meirelles em Goiás, no processo de reaproximação com eleitores e lideranças no estado, não devem ter grande repercussão prática. “Se estivesse chegando agora trazendo algum benefício para o estado seria uma situação. Como não é o caso, acho difícil ter ressonância até no meio político essa vinda aqui”, avalia.
Facilitador
Como votos de 26 deputados, o plenário da Assembleia Legislativa derrubou veto do governador Ronaldo Caiado (DEM) a projeto que prevê condições facilitadas para regularização de devedores junto à Secretaria da Economia.
Proposta
O projeto, de autoria do presidente da Alego, Lissauer Vieira (PSB), institui medidas facilitadoras para que o contribuinte negocie seus débitos relacionados ao ICMS e cria alternativas para que o contribuinte negocie seus débitos com a Fazenda Pública Estadual. Lissauer inclusive orientou que os deputados votassem pela rejeição do veto.
Gestão
Após ampla discussão entre parlamentares da base e da oposição, a Comissão Mista aprovou projeto do governador Ronaldo Caiado, que cria, na Secretaria de Estado da Retomada, um fundo rotativo no valor de R$ 50 mil reais.
Aos votos
A proposta foi aprovada com votos contrários dos deputados Major Araújo (PSL), Talles Barreto (PSDB), Delegado Humberto Teófilo (PSL) e Delegado Eduardo Prado (DC). O projeto segue, agora, para apreciação do Plenário, em duas fases de votação.
Equipamentos
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Goiânia aprovou projeto que cria o “Programa de Financiamento para Aquisição de Equipamentos de Informática”. A intenção é “garantir aos professores do ensino público municipal o acesso a computadores e programas para serem utilizados nas aulas on-line ou ministradas de forma híbrida durante a pandemia”.
Manutenção
A proposta, de autoria da vereador Sabrina Garcêz (PSD), determina que os equipamentos adquiridos com recursos do programa ficarão em usufruto dos professores e deverão ser devolvidos caso o professor se desligue da rede municipal de ensino ou passe a exercer outras funções fora da docência.