Foto: Divulgação / Eixo Anhanguera

O procurador-geral do Trabalho, Tiago Ranieri, disse à Sagres nesta segunda-feira (13) que o dissídio coletivo entre a Metrobus, empresa que tem a concessão do Eixo Anhanguera, e o sindicato dos motoristas de ônibus é o primeiro que ocorre com reflexo da reforma trabalhista, de 2017. Os motoristas decidiram entrar em greve na semana passada, mas adiaram tiveram de adiar o início do movimento até a zero hora desta quarta-feira à espera de nova rodada de negociações marcada para esta terça-feira (14).

De acordo com Ranieri, a reforma trabalhista acabou com o princípio ultratividade, ou seja, que mantinha as cláusulas de convenções e acordos coletivos de trabalho até a assinatura de novo acordo. Segundo o procurador, agora os direitos perdem a validade na data de vencimento da convenção, mesmo que as partes continuem em negociação. “É o que aconteceu com os trabalhadores da Metrobus, com fim do princípio da ultratividade, as normas que encerraram em fevereiro perdeu a total eficácia, e os benefícios que eles tinham garantidos, as normas anteriores, caíram por terra”.

Assim, o acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Goiás (Sindittransporte), que representa os motoristas, e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET), pela Metrobus, deixou de valer em fevereiro, quando venceu a convenção anterior.

Os motoristas lutam por dez cláusulas, entre elas, as mais importantes são o reajuste de 7% do salário, manutenção do tíquete-alimentação de R$ 1.037,94, dos 3% de prêmio permanência ou anuênio também do acordo do ano passado, além de 2% a título de anuênio futuro sem incorporação ao salário final, retroativo a 1º de março, bem como a cesta natalina integral. Na reunião no TRT na sexta-feira, os motoristas abriram mão do reajuste de 7% em troca dos demais benefícios. É esta a proposta que a Metrobus discute com o governo e que voltará à mesa de negociação amanhã

De acordo com o procurador, na última audiência realizada na sexta-feira (10), ficou combinado com os trabalhadores a suspensão da greve até a meia-noite de amanhã, para que a proposta seja analisada e que se chegue a um acordo na audiência marcada para esta terça-feira (15) às 9h.

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