Jogo entre Goiás e Vila Nova é sinal de alerta para o policiamento da Capital, a rivalidade entre as torcidas vai além do campo de futebol. Nos últimos anos, o clássico tem sido sinônimo de violência e vandalismo entre as torcidas organizadas dos times.

Ontem (01), os clubes se encontraram mais uma vez no Estádio Serra Dourada pela sétima rodada do segundo turno do Campeonato Goiano. Com isso, a Polícia Militar montou um esquema para evitar o confronto entre as organizadas.

Apesar do assassinato de um torcedor do Goiás no sábado, ocorrido no Parque Vaca Brava. O Coronel Márcio Queiroz, responsável pelo policiamento na Capital afirma que o clássico de domingo foi relativamente tranquilo.

O PM explica que há outros fatores que motivam o confronto das torcidas, entre eles, questões passionais. A identificação entre ambos, por torcerem pela mesma equipe de futebol, os valores deturpados e falta de civilidade para resolver essas questões, resultam na violência. “A questão de ser torcedor de A ou B é pano de fundo, as histórias que motivam são outras”.

Queiroz revela que, visando equacionar o problema, já ocorreram reuniões com líderes das agremiações, Ministério Público Estadual. Porém, segundo ele, nem os presidentes das organizadas possuem controle dos torcedores.

Hoje apenas duas torcidas possuem personalidade jurídica em Goiás, o Esquadrão (Vila Nova) e a Força Jovem (Goiás). Ele cita o exemplo da extinta Sangue Colorado, essa, nunca existiu juridicamente, já que, antes de ser instituída se envolveu em homicídios e crimes.

Sobre a morte do torcedor, Queiroz relata que o autor do crime já possuía o intuito de atentar contra a vida da vítima, o jovem Diego Costa de Jesus, 23 anos. Segundo o comandante, oito pessoas com participação direta ou indireta no homicídio foram presas.

O comandante revela que os envolvidos no assassinato são oriundos da mesma região, fato que reforça que a origem das rixas vão além das cores do time. Queiroz afirma que a vítima foi seguida pelo autor, esse, obteve suporte, o que comprova que o crime foi premeditado.

Para conter a violência em dias de clássicos, a polícia goiana adota o monitoramento das regiões com maior índice de confrontos, assim como terminais de ônibus. Para o Coronel, as brigas começam distantes do Estádio, por isso, a PM tem reforçado a segurança pela Capital.