FÁBIO PESCARINI E VITÓRIA DE GÓES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
– Segunda-feira, 2 de janeiro de 3h57. O corpo do Rei que reinou, não apenas em um reino, mas pelo mundo todo, acaba de chegar à cidade que lhe deu fama. Pelé fez há pouco a sua última viagem à vila mais famosa do mundo. O craque morreu em São Paulo, na tarde da última quinta-feira (29), após passar um mês internado no Hospital Israelita Albert Einstein.

O caixão com o corpo de Pelé deixou o hospital às 2h04 com destino à Vila Belmiro, estádio que viu nascer o craque e lhe mostrou para o mundo. Quatro batedores em motocicletas Harley Davidson abriram caminho para o carro funerário até a via Anchieta. Dali em diante carros das polícias Civil, Militar e Rodoviária, e da Tropa de Choque escoltaram o Rei.

O percurso de quase 90 km pela Serra do Mar foi feito em uma hora e 53 minutos. Um quarteirão antes do estádio, na rua Princesa Isabel, integrantes de torcidas organizadas do Santos soltaram fogos de artifício em homenagem ao eterno camisa 10. Com bandeiras e aplausos, pelo menos 50 pessoas acompanharam o carro até a frente do local, onde fãs já se concentram na fila para as despedidas.

O vendedor Wilson Gênio foi no início da madrugada com o filho Miguel, 13, até a porta do hospital esperar a saída do corpo e seguiram para a Vila Belmiro. Os dois, além da emoção, carregavam flores brancas com um recado da família a Pelé e uma bandeira autografada pelo Rei do Futebol. “Foi assinada em um restaurante que ele frequentava aqui em Santos e eu vendia embalagens lá”, afirmou o torcedor.

O carro com o corpo do craque foi diretamente para a Vila Belmiro, onde será velado a partir das 10h desta segunda-feira (2). Os portões estarão abertos ao público e o acesso será pelos portões 2 e 3, com saída pelos portões 7 e 8.

Na manhã de terça-feira (3), chegará ao fim o momento de despedidas ao Rei. O corpo será levado em cortejo pelas ruas de Santos até o cemitério Memorial Necrópole Ecumênica.

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