O ex-presidente da Companhia Energética de Goiás (Celg), Enio Branco, os diretores da companhia Nerivaldo Costa, Orion Andrade de Carvalho, Moacir Finoti, e Ricardo Luiz Jaime, além da empresa Evoluti Tecnologia e Serviços Ltda e o administrador dela, Paulo de Tárcio Teixeira, tiveram todos os bens imóveis e veículos bloqueados.

A decisão foi resultado de uma liminar concedida pelo juiz da Primeira Vara Cível de Goiânia, Luzvaldo de Paula, que atendeu a ação por improbidade administrativa. proposta pelo promotor de defesa do patrimônio publico de Goiás, Fernando Krebs. Segundo ele, o objetivo é assegurar o ressarcimento da Celg.

“E pedimos também a suspensão do contrato. Ele determinou que, ao final, a Celg retome esse serviço de fiscalização de fraude, praticada pelos consumidores de energia elétrica. Até porque esse serviço era feito pela Companhia e agora é que foi terceirizado para a Evoluti”, disse Fernando.

O promotor disse ter constatado que o contrato firmado entre a Celg e a Evoluti, em outubro de 2008, possuía irregularidades. Assim, o objetivo foi a proteção de receita e dos ativos de medição, ou seja, evitar o roubo de energia. De acordo com ele, os prejuízos poderiam chegar a R$ 7 milhões ao final do tempo do contrato, que é de dois anos.

“A Evoluti não prestava todos os serviços. Prestava com qualidade e quantidade de funcionários, veículos e funcionários inferior. Inclusive utilizando equipamentos e servidores da própria Celg”, acusou o promotor.

Ainda segundo Fernando Krebs, a auditoria da Celg constatou também, que o projeto não possui um responsável, que existiu superfaturamento nos pagamentos, além do fato de que os custos dos serviços prestados pela Evoluti terem sido alterados, dentre outras questões inadequadas. Diante das informações e acusações, Enio Branco teve os bens bloqueados porque na época em que o contrato foi firmado com a Evoluti ele era presidente da companhia.

Isenção do atual presidente

O atual presidente da Companhia Energética de Goiás, Carlos Silva, não foi citado na ação. De acordo com o promotor Fernando Krebs, isso ocorre porque ele não assinou o contrato e, “pelo menos”, determinou a realização do auditoria.

Resposta da empresa

A Evoluti Tecnologia e Serviços Limitada informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que não foi notificada oficialmente sobre a liminar e, portanto, não vai se pronunciar enquanto não souber os fundamentos jurídicos da ação. Em nota, a Celg comunicou que o ex-presidente e os diretores da companhia não foram ouvidos e preferem aguardar a citação para que possam se inteirar do teor da acusação, antes de fazer qualquer manifestação sobre o assunto e destaca ainda que estranharam a divulgação feita pelo Promotor Fernando Krebs.