O Conselho Regional de Medicina em Goiás (Cremego) se declarou contrário à liberação do aborto no Brasil, mas não foi unânime com o Conselho Federal de Medicina (CFM) na decisão de permitir o aborto se for por vontade da gestante até a 12ª semana de gravidez.

O presidente do Cremego, Salomão Rodrigues Filho, declarou que o item citado deve ser discutido junto com a sociedade. “O médico não pode tomar uma decisão antes de uma ampla discussão com toda a sociedade brasileira sobre esta questão. Envolve questões culturais, religiosa, das mais diversas”, pontua.

Cerca de 60 mil mulheres morrem por ano devido ao aborto no Brasil. De acordo com o presidente Salomão Rodrigues, por não existir ainda um preparo cultural no país, a decisão pela liberação do aborto no Brasil é prematura.

O Cremego apoiou a interrupção da gravidez nas situações em que houver risco à vida da gestante, se for decorrente de uma violência sexual, e se for comprovada a anencefalia ou quando o feto sofrer de uma grave doença que inviabilize a vida dele. O Cremego apenas não apoiou a liberação do aborto caso seja a vontade da gestante de realizar até a 12ª semana de gravidez.