Revelado como jogador e técnico no Vila Nova, com vários anos de Onésio Brasileiro Alvarenga, Higo Magalhães já viveu de tudo no Clube. Titular na zaga no último título estadual do Tigrão em 2005, o agora treinador sabe que o momento não é dos melhores, afinal são sete jogos sem vencer desde as quartas-de-final do Campeonato Goiano.

Na entrevista coletiva antes de enfrentar o Tombense nesta terça-feira no OBA pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B, o jovem técnico colorado deixou bem claro que entende o comportamento do torcedor e que está desconfortável com o momento turbulento.

“Entendo muito bem como é não viver um bom momento no clube. Fui criado aqui e como técnico é a primeira vez que estou passando esta situação, então é manter a lucidez e as convicções do que estamos fazendo e passar tranquilidade para os atletas, principalmente os que não conhece esse lado do nosso clube. O que vai trazer conforto daqui pra frente, são os três pontos”, disse Higo, que lamentou que o time tenha oscilado tão cedo na Série B.

“É um momento diferente do que nós tínhamos planejado. Acho que todas as equipes vão passar por isso dentro da competição. Começamos muito cedo, oscilar dentro da competição e esses resultados trazem desconforto. O que estamos trazer, é performance com o resultado. Nós temos a possibilidade, com o apoio do nosso torcedor, de fazer um grande jogo, tentar minimizar os erros e buscar fazer um jogo sólido”.

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Pressão no futebol brasileiro

Na mesma coletiva, Higo Magalhães também respondeu sobre outros clubes no futebol brasileiro que sofrem com o jejum de vitórias. Os acontecimentos recentes com a delegação do Vasco da Gama, que foi cobrada por torcedores durante o embarque para o jogo contra a Chapecoense na última rodada da Série B, e ainda a ameaças de marginais ao goleiro Cássio, do Corinthians, foram comentadas pelo treinador, que se mostra preocupado com tudo o que tem acontecido.

“É preocupante pelo cenário. Nós temos familiares e até então quando estamos no trabalho, elaborando os treinos o nosso foco é somente ali dentro, mas quando essas coisas começam a acontecer, tudo muito próximo de nós, e de forma repetitiva, nos preocupa muito porque o cenário passa a ser desleal, com pessoas agressivas, que não conseguem entender que isso é um esporte. Minha mãe todos os dias tem o costume de me ligar e ela está um pouco apreensiva por tudo que tem acontecido. Quero deixar claro que não recebi nada de ameaça ou algo neste sentido, mas a gente vê acontecendo do lado e ficamos assustados, mas continuo com minha energia, tentando transformar esse momento de turbulência em calmaria aqui dentro”, alertou.

Mudanças

Higo Magalhães também aproveitou para confirmar as mudanças no Vila Nova. Sem o goleiro Georgemy, suspenso, e o lateral esquerdo Bruno Formiga, o time terá, no mínimo, duas novidades.

“Realmente o Pedro Campanelli começa no gol, e na esquerda tem grande possibilidade do Moacir tem continuidade. Temos o Jefferson, que é jovem ainda, mas também uma outra possibilidade”, explicou o técnico, que também destacou o confronto contra Hemerson Maria, ex-Vila Nova, hoje no comando do Tombense

“Temos que fazer um grande jogo, contra um adversário que é muito experiente e conhecedor da competição, mas vamos tentar aproveitar pra gente poder criar possibilidades e melhorar mais a nossa criação e definição”.