As eleições do diretório estadual do MDB foram suspensas pela justiça, após notificação da decisão do desembargador Itamar de Lima, do Tribunal de Justiça de Goiás por volta de 15:30 horas desta sexta-feira (18). O presidente do MDB goiano, Daniel Vilela, relatou que as ações para organização do pleito no diretório tinham respaldo do diretório nacional da legenda. Daniel era candidato único.

“Nós seguimos rigorosamente o estatuto do partido e em duas instâncias administrativas e em uma instância judicial havia sido atestado, a chapa que teve o indeferimento também dentro do que o estatuto do partido determina, o MDB nacional atestou todos os atos para a realização da eleição”, afirmou o dirigente partidário.

Daniel Vilela explicou que a comissão eleitoral do diretório estadual foi determinada a suspender a votação, já que era de conhecimento público a decisão do desembargador. “A decisão foi da comissão eleitoral e vamos aguardar o desenrolar da questão”, afirmou.

A decisão judicial atendeu um pedido do deputado estadual, Paulo Cézar Martins que teve frustrada a tentativa de participar da eleição, a partir do indeferimento do registro de candidatura pela Executiva Estadual do MDB, ainda na semana passada.

A justificativa era de que o deputado não cumpriu a regra do estatuto que diz ser obrigatório 5% de convencionais na chapa. No caso, ele não teria apresentado as oito assinaturas necessárias, mas quatro. O parlamentar contestou.

Paulo Cézar Martins reclamou do indeferimento da chapa e protocolou um agravo de instrumento na Justiça para suspender a eleição e contar com prazo para concorrer no pleito. O desembargador considerou que o requerimento de chapa apresentado “cumpriu os requisitos exigidos pelo artigo 82 do Estatuto do MDB”.

“O presidente foi extremamente antidemocrático alegando que minha chapa não tinha 5% dos convencionais e eu tenho mais do que 5%, eu tenho 16 pessoas do diretório. Ele ficou com medo que iria perder. Se tivesse deixado a concorrer ao diretório que é a democracia, o tempo de poder ter divergência de ideias, é tempo de amadurecer”, disse Martins à Sagres.

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB) esteve no diretório estadual e avalia que é preciso respeitar a decisão judicial e quando as eleições ocorrerem ele espera que a situação seja de união.

“Eu vim cumprir meu dever que era votar e obviamente com a decisão a eleição foi anulada e quando voltar, quem sabe já possamos votar com a união de todos. Eu acho que tivemos a maioria do diretório votando, mas é preciso acatar a decisão judicial, e esperamos aguardar um segundo momento”, afirmou.