O Campeonato Goiano começa neste sábado (28), com um total de 10 equipes participantes. São seis times do interior (Anápolis, Crac, Goianésia, Iporá, Itumbiara e Rio Verde), três da capital (Atlético, Goiás e Vila Nova) e a Aparecidense, com sede na região metropolitana de Goiânia.  Neste ano de 2017, a Federação Goiana de Futebol (FGF), que organiza o torneio, está tendo problemas com os times do interior goiano. 

A condição financeira de alguns clubes está impedindo que eles se organizem de maneira adequada para a realização da competição, principalmente nos estádios. O Estádio Valdeir José de Oliveira, onde o Goianésia manda seus jogos, por exemplo, está com uma grande parte das arquibancadas arrancadas. Em vistoria realizada pela FGF nesta quarta-feira, constatou-se que as condições estão precárias. 

O presidente da FGF, André Pitta, havia estabelecido um prazo para que o Azulão resolvesse estas pendências e entregasse os laudos necessários para a liberação do estádio, mas isso ainda não aconteceu. Agora, mesmo se liberar a tempo, o estádio terá  a capacidade de receber torcedores reduzida, assim, quando encarar os times da capital, os jogos deverão ser realizados fora da cidade. 

“Se liberarmos o estádio será com a capacidade reduzida. Acreditamos que para a primeira rodada somente 1000 torcedores poderão entrar. Com essa capacidade tão pequena, fica impossível realizar jogos contra equipes da capital, mas me garantiram que até as partidas contra esses times, vão aumentar a arquibancada”, disse o presidente em entrevista aos Debates Esportivos, da Rádio 730. 

O problema mais grave até o momento é com a equipe do Rio Verde. Assim que acabou a divisão de acesso, o clube foi intimado a fazer melhorias no estádio Mozart Veloso do Carmo, mas nada foi feito e começaram em cima da hora para o Goianão. Segundo André, dificilmente esta situação será revertida e, o mais provável, é que o Rio Verde realize seus jogos em outra praça. 

“Há uma informação de que tem uma liminar suspendendo a utilização do estádio, que só seria revista pelo juiz caso fosse apresentado todos os laudos, que até agora não foram emitidos. Assim, a FGF não pode passar por cima de uma ordem do estado, o que podemos fazer é mudar o mando de campo deles”, declarou. 

Além disso, a parte financeira do Rio Verde está precária. Até a manhã de hoje, nenhum atleta do clube havia sido inscrito no BID, que é o que regula o profissional a participar de qualquer competição. Segundo André, o time já levou os contratos de seus jogadores até a Federação, mas para que seja regularizados, o Rio Verde precisa pagar algumas transferências de taxas para que os atletas possam ser liberados, algo que até o momento não aconteceu. E o prazo acaba nesta sexta-feira. Assim, o clube corre o risco de ser desclassificado da estadual. 

Ferreirão, que é o estádio do Iporá, também passa por reformas, mas o prazo para o clube apresentar os laudos necessários é um pouco maior e por isso, somente semana que vem, a FGF terá informações das condições do estádio para receber os jogos do Campeonato Goiano. Para o presidente da Federação, o que poderá acontecer se esses problemas persistirem, é a redução do número de times que disputam o Campeonato Goiano para sete, oito equipes.