Depois de meses de inatividade por conta da pandemia do coronavírus, o Goiânia viveu uma semana bastante agitada. Entre a eleição, que confirmou o mandato definitivo da gestão liderada por Alexandre Godoi, e a preparação do retorno para treinos na Vila Olímpica, a diretoria do ‘Galo Carijó’ também contratou dois jogadores, o goleiro Johnathan e o lateral Wanderson.

Revelado pelo Vila Nova, Wanderson jogou no time principal colorado em 2014 e 2015. Emprestado pelo Grêmio Anápolis, passou pelo futebol português em 2016, primeiro no Tondela, da primeira divisão de Portugal, depois no Varzim, da segunda. De volta ao Brasil, jogou em vários clubes, inclusive goianos, no Anápolis, em 2017, e no Jaraguá, em 2019.

O Goiânia não é uma novidade para o lateral-direito de 25 anos, já que também teve outras duas passagens pela Vila Olímpica, em 2017 e 2018, quando na última participou da campanha de acesso para a primeira divisão do Campeonato Goiano. Por último, Wanderson esteve no Real Ariquemes, de Rondônia, com o treinador Éverton Goiano.

Sobre o retorno para o clube, o jogador, entrevistado por Charlie Pereira para a Sagres, destacou que “fiquei muito feliz quando o Alexandre e o pessoal da diretoria falaram comigo. É um clube que já passei e fiz história, quando conseguimos o acesso do Goiânia para a primeira divisão do Campeonato Goiano, e passei grandes momentos da minha carreira ali”.

Com o projeto de colocar a equipe na Série C do Campeonato Brasileiro, Wanderson revelou que “do elenco conheço pouco, acho que tem alguns jogadores que, quando estive no Goiânia, ainda estão lá. O Finazzi, nunca trabalhei com ele, mas é uma pessoa que por onde passou deixou sua marca e tem uma história no futebol. Todo mundo fala muito bem dele pelo trabalho que vem fazendo”.

O lateral, que já disputou a Série D, recordou que “em 2017 estive no Brasiliense, mas acabou que por detalhes perdemos o acesso. A Série D é um campeonato muito difícil, um dos mais difíceis que têm, pelos clubes que vêm disputar e a dificuldade para jogar fora de casa, porque pegamos campos que não são muito bons. Tem que ter muito foco para conseguir o objetivo, que é a Série C”.

Três meses sem jogar, Wanderson ponderou que a paralisação “está sendo muito difícil para todos os jogadores, e não só, porque essa pandemia pegou todo mundo, todas as classes. Tivemos que nos adaptar, nos treinos em casa tenho o conhecimento do Junhão, com quem trabalhei muito tempo no Vila Nova e hoje é preparador físico da base do Atlético Goianiense. Aos poucos fomos treinando e fortalecendo, e agora consigo fazer um trabalho em campo com segurança”.

A passagem por Portugal foi uma “experiência muito boa, em um ano que tive dois acessos pelo Vila Nova, da segunda para a primeira divisão do Campeonato Goiano e campeão da Série C. Tive a possibilidade de continuar no Vila, mas acabei indo para Portugal. Estive no Tondela, que é um clube que tem uma excelente estrutura, só que quando cheguei foi o primeiro ano do time na primeira divisão, então foi muito difícil. O time estava na zona de rebaixamento e na última rodada conseguimos livrar o time do rebaixamento”.

Já no Vila Nova, “foram os momentos mais felizes que tive na minha carreira. Tivemos muitos momentos ruins, mas muitos bons também. Sabemos das dificuldades que o Vila passou, e está passando hoje, tentando voltar para a Série B do Brasileiro, e ficamos tristes por ver o clube nessa situação, porque estive ali desde a base e lembro que em 2008 estava brigando pelo acesso à Série A. Mas espero que o clube volte à Série B e que volte a brigar de novo pelo acesso”.