A edição #273 do Debate Super Sábado trouxe a discussão sobre o dia 10 de dezembro de 1948, data na qual a Organização das Nações Unidas promulgava a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Oportunidade de acesso a saúde, alimentação saudável, a educação, votar e tantos outros, você tem os seus direitos preservados. Todas essas ações fazem parte do cotidiano de muitos brasileiros, mas poucos percebem que essas e outras práticas corriqueiras são direitos garantidos pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. 

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O documento é um marco na história dos direitos humanos. Pela primeira vez, foi estabelecido uma norma comum a todas as nações em proteção universal dos direitos e liberdades individuais e coletivas. A declaração define os direitos básicos do ser humano. Em seus trinta artigos, estão listados os direitos básicos independentemente de nacionalidade, cor, sexo e orientação sexual, política e religiosa. 

Ouça o debate na íntegra:

Para falar sobre este assunto, o professor do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFG Magno Medeiros e o Coordenador do Núcleo de Direitos Humanos, defensor público Philipe Arapian discutem sobre a desigualdade e abusos na pandemia impulsionam cobranças por Direitos Humanos. O professor Magno Medeiros recorda o artigo 25.

“O artigo 25 de declaração universal dos direitos humanos, subscrita por diversos países incluindo o Brasil, diz o seguinte. Toda pessoa tem o direito ao nível vida estável, que assegure assim como sua família a saúde e o bem estar. O que vemos hoje em 2021 no Brasil e em vários países, pobres e marginalizados, é uma situação de extrema pobreza. A extrema pobreza no brasil cresceu, a desigualdade aumento, e aumentou durante a pandemia”, afirma Magno.

O Brasil permanece como um dos países com maior desigualdade social do mundo, segundo a pesquisa World Inequality Lab (Laboratório das Desigualdades Mundiais), que faz parte da Escola de Economia de Paris.

“A extrema pobreza cresceu, a desigualdade aumentou, e aumentou substancialmente, durante a pandemia. Os dados que foram parcialmente apresentados aqui pelo relatório das desigualdades mundiais, elaborado pela Escola de economia de Paris, recentemente divulgado, mostra como o Brasil segue sendo um dos países mais desigual do mundo, portanto o que mais viola os direitos humanos e os direitos de cidadania”

Segundo o relatório das Organizações das Nações Unidas divulgados em setembro deste ano, a pandemia impactou as nações com maior desigualdade econômica, incluindo o Brasil. Para o Coordenador do Núcleo de Direitos Humanos, defensor público Philipe Arapian o reflexo da desigualdade está nítida no dia-a-dia.

“O que aconteceu na pandemia a gente viu que muita gente realmente perdeu o emprego, as escolas a coisa é muito cruel se parar pra pensar, muitas crianças e adolescentes ficaram sem escola, o ensino virtual, a exclusão digital é muito maior do que a gente imagina, a gente vê o reflexo do desemprego, da fome, de adolescentes sem escola, repercutindo em todas as searas, então o cidadão ai é uma auto avaliação para a defensoria e todas as instituições”

Assista ao debate dentro do Sagres Sinal Aberto – Edição de Sábado, à partir de 1:05:12

Ananda Leonel é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o Iphac e a Uni Araguaia sob supervisão do jornalista Claudio Augusto.