Os casos dos jogadores brasileiros Robinho e Daniel Alves, respectivamente condenado e acusado por agressão sexual na Itália e na Espanha, além dos consecutivos episódios de violência e assédio sexual contra mulheres no ambiente esportivo, levantou discussões sobre a cultura machista do futebol.
Há pouco mais de um mês, no início da temporada, uma iniciativa inédita promovida pelos clubes paranaenses abriu os estádios de Coritiba e Athletico exclusivamente para mulheres e crianças. Ao invés de casos de abuso, o que se presenciou foi muita festa nas arquibancadas do Couto Pereira e da Arena da Baixada.
“O estado de alerta que meu pai havia me ensinado não estava presente em nenhuma das mulheres e crianças que estavam lá. Eu fico emocionada, porque estava no estádio que sempre fui e só tinha voz feminina gritando. Eu tive uma sensação de pertencimento, de que esse lugar é nosso”, afirmou Juliane Cristina, torcedora do Coritiba.
A temática foi o destaque da edição 133 do podcast Debates Esportivos, apresentado por Wendell Pasquetto e Charlie Pereira, e que contou com participação da defensora pública Ketlyn Chaves, colaboradora do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem) da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO).
A defensora destacou ações preventivas que os clubes podem realizar em seus ambientes, além da adoção de protocolos já comuns em casas de eventos, bares e restaurantes na União Europeia. Apesar de não existir nenhuma lei do tipo no Brasil, os times podem aplicar práticas independentes para dar maior proteção às mulheres nos estádios.
Confira a edição 133 do podcast Debates Esportivos
Podcast
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