Apesar das críticas por parte de alguns parlamentares da base governista, as Comissões Parlamentares de Inquérito – CPIs – dos Grampos e da Violência, devem começar os trabalhos até o final deste mês de maio. Mas ainda não há data marcada para a primeira reunião que irá definir a presidência das comissões. Os nomes dos integrantes das CPIs já foram definidos. A Bancada da Oposição indicou os nomes na sessão de terça-feira, dia 21 e a Bancada Governista só fez a indicação na sessão de quarta-feira, dia 22. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Helder Valin, do PSDB, disse que o início dos trabalhos vai depender dos integrantes das comissões. E quanto custa este trabalho de cada CPI? O presidente da Assembleia afirma que o custo é zero. “Tirando as horas extras de funcionários, não tem custo nenhum, porque os deputados já têm os salários, os funcionários já têm salário, a Assembleia tem seus técnicos. Tirando as condições normais de trabalho, o custo é zero”, afirma o presidente da Alego.

CPI dos grampos
A CPI dos Grampos terá como titulares os deputados Humberto Aidar, do PT; Ney Nogueira, do PP; Tales Barreto, do PTB, Marcos Martins e Túlio Isaac, do PSDB e terá como suplentes José Essado, do PMDB; Karlos Cabral, do PT; Carlos Antônio, do PSC; Francisco Júnior, do PSD e Daniel Messac, do PSDB. Apesar de ter sido indicado para compor a CPI dos grampos, o deputado Tales Barreto questiona a necessidade da investigação pela Assembleia Legislativa. “Na realidade eu não vejo muita importância. A denúncia feita pela Revista Carta Capital é muito sem contexto, mas os parlamentares tanto da oposição quanto da situação acharam melhor criar esta CPI, nós vamos estar atuando da melhor forma possível”, disse. Para o deputado petebista o fato do Ministério Público Estadual e o Federal não terem aberto investigação com base nas denúncias feitas pela Revista Carta Capital já é um indício de “falta de consistência”.

CPI da violência
A CPI da Violência será composta pelos deputados Mauro Rubem, do PT; Luiz Carlos do Carmo do PMDB; Helio de Souza, do DEM; Marcos Martins, do PSDB e Wellington Valim, do PT do B. Os suplentes serão Luis Cesar Bueno, do PT; Major Araújo, do PRB; Júlio da Retífica e Túlio Isaac do PSDB e Frederico Nascimento, do PSD. Esta CPI pretende investigar as ações da Secretaria de Segurança Pública, convênios e o aumento da violência no estado. “Temos uma segurança precária, investimentos que não estão cumprindo seu fim, temos desvios de recursos e várias outras ações, inclusive técnicas”, explica o deputado Major Araújo, autor da proposta da CPI da Violência. Ele levanta, ainda, a suspeita de indicação política e não técnica de ações e até de lotação dos policiais, sejam civis ou militares. “Esperamos que com esta CPI possamos contribuir para a melhoria da segurança dos cidadãos do estado”, afirmou o deputado.

Os trabalhos das duas CPIs, a dos Grampos e a da Violência só poderão começar após a publicação dos nomes dos integrantes das duas comissões no Diário Oficial da Assembleia.