O deputado federal Delegado Waldir (PR) concedeu nesta segunda-feira (19) uma entrevista exclusiva à Rádio 730, na qual analisou o posicionamento do PR em relação ao governo Temer.
Em caso de saída do presidente – seja via impeachment, renúncia ou cassação – a Constituição Federal determina que eleições indiretas sejam realizadas para determinar quem será o novo presidente. Neste caso, o Congresso elegeria o novo chefe de estado sem a participação do povo.
Segundo Delegado Waldir, neste momento eleições diretas não seriam viáveis. “Temos que ter um momento de transição. Não tem como votar eleição direta agora. Temos bons nomes como Esperidião Amin, Tasso Jereissati, Joaquim Barbosa. Não sei se ele poderia se candidatar, mas nesse momento Joaquim Barbosa seria um nome espetacular”, afirma.
Atualmente, o PR integra o grupo de legendas que apoiam o governo. Mesmo discordando de seu partido e defendendo a renúncia de Michel Temer, Delegado Waldir – que é membro da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) – acredita que o PR não o afastará da Comissão. “O PR tem o ministério dos transportes. Mas eu penso que eles não devem correr esse risco porque a minha saída da CCJ seria ruim para eles. Eu vou ter voz em plenário e a situação deles pode ficar pior. O PR não quer um adversário e vai ter que me engolir na CCJ”, enfatiza.
Entretanto, Waldir garante que não deixará o PR mesmo discordando da cúpula do partido. “Eu não vou sair do PR. Todos os partidos estão contaminados mas eu sou grato ao PR. No PSDB me disseram que eu seria candidato a prefeito de Goiânia e isso não foi cumprido. Assim como tem corruptos tem gente boa também e a banda podre do PR vai ser expurgada no momento certo”, esclarece o deputado.
A maior crise enfrentada pelo governo Temer foi deflagrada depois que Joesley e o irmão dele, Wesley Batista – que também é dono da JBS – revelaram em delação premiada à Procuradoria-Geral da República (PGR), que gravaram o presidente Michel Temer (PMDB) dando o aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha. O presidente nega as acusações.
A maior crise enfrentada pelo governo Temer foi deflagrada depois que Joesley e o irmão dele, Wesley Batista – que também é dono da JBS – revelaram em delação premiada à Procuradoria-Geral da República (PGR), que gravaram o presidente Michel Temer (PMDB) dando o aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha. O presidente nega as acusações.
Confira a entrevista na íntegra:
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